Por Jasper Fakkert, Epoch Times
Um memorando redigido pelos democratas no Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes levanta séria preocupação sobre a segurança nacional e a aplicação da lei nos Estados Unidos, disse o conselho do presidente norte-americano Donald Trump numa carta, citando preocupações do Departamento de Justiça (DOJ) e do Departamento Federal de Investigação (FBI).
Na carta, Donald F. McGahn II ofereceu assistência técnica do DOJ ao Comitê da Câmara para modificar o memorando e assim mitigar os riscos de segurança nacional.
“Embora o presidente esteja inclinado a desclassificar o memorando de 5 de fevereiro, porque o memorando contém numerosos trechos propriamente confidenciais e especialmente sensíveis, ele não pode fazê-lo neste momento”, diz a carta de McGahn.
A carta também disse que o “Poder Executivo está pronto para revisar qualquer esboço subsequente do memorando de 5 de fevereiro para divulgação pública assim que possível.”
O memorando foi revisado pelo Escritório do Diretor de Inteligência Nacional e pelo DOJ, após o qual as agências, incluindo o FBI, que se enquadra sob o DOJ, forneceram suas recomendações ao presidente Trump.
Numa mensagem de Twitter na manhã de sábado, Trump comentou sobre o memorando democrata: “Os democratas enviaram um memorando de resposta muito político e longo que eles sabiam, por causa das fontes e métodos (e mais), teria de ser intensamente redigido, e em função disso eles culpariam a Casa Branca por falta de transparência. Dizemos-lhes que refizessem e enviassem de volta na forma adequada!”
Um memorando separado, de autoria dos republicanos no Comitê de Inteligência da Câmara foi aprovado para publicação pela Casa Branca em 2 de fevereiro, depois de ter passado pelo mesmo processo de avaliação de segurança.
Apesar dos avisos iniciais dos funcionários do DOJ e do FBI de que o memorando republicano revelaria fontes e métodos da aplicação da lei, esse não foi o caso.
O memorando baseou-se principalmente nos depoimentos feitos ao Comitê, bem como em fontes públicas, para mostrar como o FBI e o DOJ se basearam em informações contidas no chamado “dossiê Trump” para obter um mandado de espionagem segundo a Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (FISA) contra Carter Page, um conselheiro voluntário da campanha de Trump.
O dossiê foi escrito pelo ex-espião britânico Christopher Steele, que foi contratado pela empresa da oposição Fusion GPS para produzir o dossiê. A Fusion GPS foi contratada pela campanha presidencial de Hillary Clinton e pelo Comitê Nacional Democrata (DNC) para produzir o dossiê.
Em seu dossiê, que consiste em vários documentos, Steele depende quase que exclusivamente de fontes vinculadas ao Kremlin da Rússia.
O congressista Trey Gowdy (R-S.C.) sugeriu numa entrevista com a Fox News em 7 de fevereiro que um assessor de Hillary Clinton, Sidney Blumenthal, também forneceu informações a Steele.
Altos funcionários do FBI e do DOJ assinaram a requisição do mandado da FISA que escondeu do Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira (FISC) as origens das alegações que Page era um agente que trabalhava para a Rússia, o que é uma ofensa criminal.