Por EFE
Paris, 31 jul – As empresas farmacêuticas Sanofi, da França, e GSK, do Reino Unido, anunciaram nesta sexta-feira um acordo pelo qual o governo dos Estados Unidos financiará o desenvolvimento de uma vacina candidata contra a Covid-19, com US$ 2,1 bilhões.
O projeto, baseado na proteína recombinante, foi desenvolvido por ambas as empresas com um recurso que pode reduzir a quantidade de proteína necessária por dose e multiplicar a produção.
O governo dos EUA fornecerá os US$ 2,1 bilhões, sendo que mais da metade será destinada ao desenvolvimento e a ensaios clínicos. O restante será utilizado para a fabricação em larga escala, a fim de fornecer uma dose inicial de 100 milhões de unidades.
Embora não tenha indicado a divisão exata, a Sanofi disse que receberá a maior parte do dinheiro e que os ministérios da saúde e defesa dos EUA têm a opção de receber mais 500 milhões de doses a longo prazo.
“A necessidade de uma vacina para prevenir a Covid-19 é considerável, e uma única vacina ou uma única empresa não seria suficiente para atender à demanda global”, destacou o vice-presidente da Sanofi, Thomas Triomphe.
O secretário de Saúde dos EUA, Alex Azar, disse na nota que o portfólio de vacinas é a parte mais importante do programa “Operation Warp Spped”, lançado em abril para acelerar o desenvolvimento de vacinas, terapias e diagnósticos contra o vírus SARS-CoV-2.
“Este investimento apoiará o desenvolvimento de vacinas adjuvantes da Sanofi e da GSK através de ensaios clínicos e fabricação, com o potencial de entregar centenas de milhões de doses de uma vacina segura e eficaz à população dos EUA”, frisou.
A empresa francesa está liderando o desenvolvimento clínico e os procedimentos de registro da imunização e planeja realizar os estudos entre setembro e o final de 2020. Se os resultados forem positivos, a aprovação regulamentar poderá ser obtida no primeiro semestre de 2021.
Além disso, ambos os grupos estão trabalhando para aumentar a capacidade de produção para garantir a fabricação de até 1 bilhão de doses por ano.
A Sanofi e a GSK enfatizaram em uma nota conjunta que há discussões ativas com organizações internacionais, a Comissão Europeia, além das autoridades francesas e italianas para permitir a distribuição de doses aos países do Velho Continente. No comunicado, informam que planejam disponibilizar uma quantidade significativa de sua produção total para a iniciativa global entre 2021 e 2022.
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