Familiares de reféns do Hamas compareceram nesta quarta-feira no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, o que representa a primeira participação de representantes desse grupo em uma reunião oficial da ONU, segundo a Missão de Israel em Genebra.
As três parentes de reféns, Noam Peri, Ella Ben Ami e Yarden Gonen, falaram em nome de organizações da sociedade civil: a União Europeia de Estudantes Judeus, a ONG Monitor e o Congresso Judaico Mundial.
“Nos últimos 173 dias, minha irmã e outras 18 jovens permanecem incomunicáveis em um túnel escuro, sequestradas pelos autores dos atos horríveis de 7 de outubro. Elas são usadas como escravas, submetidas a abuso e exploração sexual”, disse Gonen, irmã da refém Romi Gonen, de 23 anos.
Ami, cuja mãe foi libertada, mas o pai, Ohad Ben Ami, de 55 anos, ainda é mantido em cativeiro pelo Hamas, enfatizou que sua mãe “voltou completamente debilitada do sequestro, pois sua saúde piorou muito naqueles dias devido à falta de tratamento”.
Peri, filha do refém Chaim Peri, de 79 anos, lembrou que no kibutz Nir-Oz, onde sua família morava, um quarto dos moradores foi morto ou sequestrado.
A delegação se reuniu com o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, e com representantes de organizações da Cruz Vermelha sediadas em Genebra, aos quais enfatizaram a urgência da libertação de seus parentes e de outros reféns.