Caitlan Coleman, cidadã americana, que foi sequestrada em 2012 juntamente com o marido Joshua Boyle, cidadão canadense, foram libertados. Coleman foi forçada a dar à luz os três filhos do casal enquanto estava em cativeiro. Eles foram mantidos reféns pela rede Haqqani, organização terrorista com vínculos com o Talibã.
O presidente Donald Trump fez o anúncio de sua libertação através de um comunicado divulgado pela Casa Branca.
“Hoje estão livres”, disse Trump. “A cooperação do governo paquistanês é um sinal de que está honrando os desejos da América de que ele faça mais para fornecer segurança na região”, declarou.
O casal foi sequestrado em 2012 enquanto viajava pelo norte do Afeganistão. Sua viagem integrava um tour que os levou à Rússia, Cazaquistão, Tajiquistão, Quirguistão e Afeganistão.
Em um vídeo publicado em 2016, Boyle e Coleman imploraram para que seus governos intervissem em seu nome.
“É uma sensação emocional indescritível que alguém tenha observado um neto virando o rosto diante da câmera, enquanto ouve as correntes das pernas do nosso filho arrastando no chão enquanto tenta ajeitar o filho”, expressaram os pais de Boyle em resposta ao vídeo.
“É inacreditável que tiveram que proteger seus filhos de sua terrível realidade por quatro anos”, disseram.
Os pais de Coleman contaram que receberam uma carta de seu filho dizendo que eles fingiam para seus filhos que o cativeiro fazia parte de uma brincadeira que estava sendo feita com os guardas.
Os pais de Coleman expressavam sua esperança de que o presidente eleito, Donald Trump, pudesse conseguir sua libertação.
A rede Haqqani foi fundada por um ex-comandante antissoviético no Afeganistão em 1995. O grupo prometeu fidelidade ao Talibã e tem estado por trás da violência mais mortal no Afeganistão nos últimos anos, incluindo ataques a embaixadas, residentes locais e bases militares dos EUA.
Desde que chegou ao cargo em janeiro, Trump tem implementado uma política de “realismo por princípio” para orientar a política externa.
“Para as diversas nações do mundo, esta é a nossa esperança. Queremos harmonia e amizade, não conflitos e contendas. Nós somos guiados por resultados, não ideologia”, disse Trump, ao descrever sua visão de política externa na Assembleia Geral da ONU em setembro.
Trump criticou ferozmente o Paquistão por acolher organizações terroristas.
“Hoje, 20 organizações terroristas estrangeiras clatalogadas pelos EUA estão ativas no Afeganistão e no Paquistão”, disse Trump num discurso em agosto.
“Por sua vez, o Paquistão muitas vezes dá refúgio seguro aos agentes do caos, da violência e do terror”, afirmou.
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