Por André Assi Barreto, Senso Incomum
Sob a esperada acusação de compartilhar “fake news” e de espalhar “discurso de ódio”, diversas personalidades de direita foram banidas do Facebook. Além dos já citados Paul Joseph Watson e Milo Yiannopoulos, foram incluídos no expurgo: Alex Jones e Laura Loomer. O banimento também se aplica ao Instagram.
Para disfarçar incluíram no pacote o radical islâmico (com o perdão do pleonasmo) antissemita Louis Farrakhan.
O presidente Donald Trump se pronunciou a respeito, em solidariedade a Paul Watson:
So surprised to see Conservative thinkers like James Woods banned from Twitter, and Paul Watson banned from Facebook! https://t.co/eHX3Z5CMXb
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) May 3, 2019
I am continuing to monitor the censorship of AMERICAN CITIZENS on social media platforms. This is the United States of America — and we have what’s known as FREEDOM OF SPEECH! We are monitoring and watching, closely!!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) May 3, 2019
Watson comentou o ocorrido em seu Twitter e canal do Youtube, redes que ainda lhe restam:
A esquerda, evidentemente, ou comemorou o fato ou achou melhor calar. Muitos esquerdistas não conseguem perceber que expurgos arbitrários dessa natureza podem não afetá-los no momento, mas a moeda pode virar a qualquer momento e agir contra eles próprios. A esquerda é particularmente incapaz de perceber isso quando o assunto é liberdade de expressão. O asqueroso site Intercept percebeu que leis contra o “discurso de ódio” tolhem a liberdade de expressão, como essas que visam combater “fake news” e podem acabar se voltando contra seus principais entusiastas mais cedo ou mais tarde.
Uma das razões é que “discurso de ódio” é algo que plaina livremente por um vasto terreno de subjetividade, estando diretamente condicionado “aos olhos de quem vê”, por mais que hoje, num ambiente de hegemonia esquerdista de pensamento, o que é classificado como discurso de ódio seja aquilo que a esquerda diz que é discurso de ódio.
Andre Assi Barreto é professor de Filosofia e História das redes pública e privada de São Paulo. Aluno do professor Olavo de Carvalho. Mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Também trabalha com revisão, tradução e palestras. Autor de “Saul Alinsky e a Anatomia do Mal” (ed. Armada, 2019)
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