Na segunda-feira (09), uma operação coordenada pela Força Aérea Brasileira (FAB), com suporte da Polícia Federal (PF), resultou na interceptação de um helicóptero que transportava aproximadamente 240 kg de drogas, na região do Amazonas.
De acordo com informações da FAB, o helicóptero foi detectado pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), assim que cruzou a fronteira brasileira.
O veículo adentrou no espaço aéreo brasileiro sem permissão. Em resposta, foram mobilizados dois A-29 Super Tucano e um helicóptero H-60 Black Hawk para acompanhar a aeronave.
Seguindo os protocolos das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), previstos no Decreto nº 5.144, de 16 de julho de 2004, somado ao fato de não apresentar nenhum plano de voo, a aeronave foi qualificada como suspeita. Na sequência, ocorreu o monitoramento enquanto se dirigia ao Amazonas.
Durante o monitoramento, um dos A-29 Super Tucano observou que o helicóptero fez pouso forçado numa área de mata próxima a Manaus, por volta das 15h40. Imediatamente, o H-60 Black Hawk foi enviado para o local, com agentes da PF a bordo.
A equipe de fiscalização encontrou a carga de drogas, composta principalmente de maconha do tipo skunk. Trata-se de uma variação altamente potente da planta, com teor elevado de THC (tetra-hidrocarbinol) – principal componente da maconha.
Embora as drogas tenham sido apreendidas, o piloto do helicóptero conseguiu escapar antes da chegada das autoridades no solo.
O Major-Brigadeiro do Ar, João Campos Ferreira Filho, que é Chefe do Estado-Maior Conjunto do COMAE, destacou a importância da operação em garantir a soberania do espaço aéreo nacional.
“Essa ação demonstra nossa capacidade de integrar recursos aeroespaciais para combater o narcotráfico e garantir a soberania do espaço aéreo, especialmente em regiões de fronteira, em cooperação com órgãos nacionais e internacionais”, ressaltou Ferreira Filho.
A medida faz parte da Operação Ostium, inserida no Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), que combate atividades ilícitas no espaço aéreo brasileiro, por meio de ações coordenadas entre FAB e órgãos de segurança pública.
“Nossa abordagem à soberania do espaço aéreo é completa, abrangendo desde a vigilância até as ações de apreensão no solo, especialmente na região de fronteira, sempre em cooperação com outros órgãos do Brasil e de países vizinhos. Essa é uma das principais competências que a FAB oferece ao Estado Brasileiro”, complementou o major.