Por Pachi Valencia, Epoch Times
A exposição internacional “A Arte da Verdade, Compaixão, Tolerância” foi inaugurada em 1º de julho em Lima, Peru, após uma recepção bem-sucedida em janeiro passado.
A exposição de pintura também conhecida como “A Arte de Zhen, Shan, Ren”, será exibida pela segunda vez no Centro Cultural Juan Parra del Riego, no distrito de Barranco. A exposição, organizada pela Associação do Falun Dafa do Peru, será de 2 de julho a 14 de julho no centro cultural e é composta por 42 pinturas.
A inauguração ficou a cargo de Raquel Mercado, responsável pela área de Educação do Município de Barranco, que veio em nome de Pedro Macuri, Subgerente: Turismo, Educação e Cultura do Município.
A maior parte da exposição consiste em pinturas a óleo feitas por 14 artistas de todo o mundo que retratam a vida espiritual dos praticantes do Falun Dafa e sua resistência pacífica à perseguição que enfrentam hoje na China.
Falun Dafa, também conhecido como Falun Gong, é uma antiga prática espiritual com exercícios de meditação e ensinamentos morais baseados na Verdade, Compaixão e Tolerância, daí o nome da exposição. A prática tornou-se enormemente popular no final dos anos 90, com estimativas oficiais que atingiram 70 a 100 milhões de praticantes somente na China.
No entanto, o ex-líder do Partido Comunista da China, Jiang Zemin, viu a popularidade da disciplina como uma ameaça ao seu regime. Em 20 de julho de 1999, Jiang lançou uma perseguição ilegal em todo o país para capturar praticantes e enviá-los para prisões, centros de lavagem cerebral, campos de trabalho e enfermarias psiquiátricas, em um esforço para forçá-los a abandonar sua fé.
“A Arte da Verdade, Benevolência, Tolerância” é uma janela para uma das dimensões mais profundas da condição humana, aquela que articula coragem e esperança em meio à adversidade e à injustiça.
Para Francisco Vilela Henrici, organizador do evento e representante da Associação Peruana do Falun Dafa, esta exposição é também um tributo à validade da arte inspirada no divino, que busca gerar reflexão, inspirar a alma e enobrecer o espírito.
“Esta exposição procura contribuir para a sociedade peruana, é por isso que queremos divulgar o que está acontecendo na China e ao mesmo tempo divulgar os benefícios do Falun Dafa porque é uma disciplina muito boa que beneficia muito as pessoas, dá-lhes grande saúde e muita paz interior”, disse Vilela ao Epoch Times.
Muitos visitantes da exposição experimentaram uma sensação de paz, calma e beleza ao ver as obras. Outros tiveram uma sensação de humanidade, uma aspiração à bondade e empatia com os cidadãos chineses.
“O quadro que me impressionou foi o da mulher que perdeu o marido na prisão e me fez refletir sobre as reais questões de perseguição que vivemos em diferentes culturas”, disse Raquel Mercado, coordenadora de Educação do Município de Barranco.
“Parece importante continuar tendo experiências similares nas quais uma imagem pode te levar a muita reflexão, e que essa imagem é acompanhada por uma história que explica que isso não foi inventado, mas são situações reais e que foram traduzidas em uma obra de arte”, acrescentou.
A Arte da Verdade, Benevolência, Tolerância foi concebida em julho de 2004 pelo pintor e escultor canadense Zhang Kunlun. Zhang, que pratica a disciplina espiritual do Falun Dafa, teve que provar as profundezas do sofrimento ao ser torturado fisicamente e mentalmente no sistema de campos de trabalho forçado na China. Mais tarde, Zhang foi capaz de curar seu corpo e alma através da disciplina espiritual pela qual ele foi perseguido e através do que ele havia explorado e ensinado por décadas: a arte.
Em 2004, Zhang reuniu diferentes artistas cujas experiências eram semelhantes às suas ou que compartilhavam suas mesmas preocupações; todos eles sentiram que deveriam ser a voz do povo na China que, por causa de suas crenças religiosas, são o objeto do que um advogado de direitos humanos definiu como “uma terrível forma de genocídio”.
A exposição já foi apresentada em mais de quarenta e nove países da Europa, América, Ásia e Austrália. A primeira exposição aconteceu no Grütli Art Centre, em Genebra, durante a 61ª sessão da Comissão de Direitos Humanos da ONU.
No Peru, a Associação do Falun Dafa realizou exposições no Ministério da Cultura, na Universidade de Callao, na Universidade Tecnológica do Peru, no Parque Reduto de Miraflores, na Casa da Cultura de Lince, no Município de Chorrillos, no Município do Barranco, no Banco Continental da Cidade de Trujillo, entre outros.