Pelo menos oito pessoas morreram e mais de 2.800 ficaram feridas, cerca de 200 delas em estado grave, devido à explosão em cadeia nesta terça-feira (17) de vários pagers que estavam em posse de membros do grupo terrorista Hezbollah em diferentes pontos do Líbano, segundo informou o Ministério da Saúde Pública libanês.
O chefe do departamento governamental, Firas Abiad, anunciou em coletiva de imprensa que entre os falecidos há uma criança menor de 8 anos e especificou que o número de feridos já ultrapassa os 2.800, a maioria dos quais sofreu danos no rosto, mãos ou abdômen.
Hospitais de todo o país receberam um grande número de vítimas por volta das 15h30 (horário local, 9h30 de Brasília), todas elas em consequência da detonação de uma série de dispositivos e entre elas mais de 200 pessoas que estão em estado crítico, detalhou o ministro na coletiva.
Por sua vez, o Hezbollah confirmou em comunicado a explosão de “uma série de dispositivos de mensagens conhecidos como ‘pagers’ que estavam na posse de vários trabalhadores em diferentes unidades e instituições” do grupo terrorista.
O movimento terrorista xiita afirmou ainda em sua nota que pelo menos dois dos seus membros morreram no incidente, embora neste momento a identidade da maioria das vítimas seja desconhecida.
O grupo xiita garantiu que seus especialistas estão realizando uma investigação “científica e de segurança” em grande escala para determinar as causas do ocorrido, ao mesmo tempo em que alertou contra a propagação de “rumores” e “informações falsas” que servem à “guerra psicológica” de Israel.
O Hezbollah está envolvido em um intenso fogo cruzado com Israel há mais de 11 meses, nos piores confrontos entre as partes desde a guerra que travaram em 2006.