Por Agência EFE
O exilado político cubano na segunda-feira pediu ao presidente norte-americano Joe Biden que atue “de forma decisiva” para proteger o povo cubano da repressão e apoie seu desejo de mudança e pediu-lhe que não repetisse o “erro” do presidente John F. Kennedy de deixá-los indefesos.
Em coletiva de imprensa, com a participação de organizações exiladas da Nicarágua, Venezuela e Síria, os exilados reiteraram seu apoio à “rebelião popular” desencadeada no domingo em Cuba e ao chamado de “greve nacional” na ilha para fazer cair o regime.
“Se Biden não agir, Cuba logo estará repleta de assessores russos e chineses”, como aconteceu na Venezuela, Nicarágua e Síria, disse Orlando Gutiérrez, líder da Assembleia da Resistência Cubana.
Na coletiva de imprensa, Gutiérrez e os demais dirigentes exilados disseram que “o Partido Comunista e a família Castro têm que deixar Cuba”, porque é isso que o povo pede nos protestos que eclodiram neste domingo na ilha com seus gritos por “liberdade” e “abaixo a ditadura”.
Nas palavras do ex-preso político Jorge Luis Pérez, “Antunez”, isso se traduz em “negociação zero” com as atuais autoridades cubanas, lideradas por Miguel Díaz-Canel, que neste domingo apelou aos partidários do regime surgido em 1959 após o triunfo da revolução comandada por Fidel Castro.
Gutiérrez reiterou os apelos feitos neste domingo pelo exilado a favor de uma intervenção internacional liderada pelos Estados Unidos para ajudar e proteger os cubanos.
No caso dos Estados Unidos, o dirigente do Diretório Democrático Cubano, uma das organizações integrantes da Assembleia da Resistência, disse que o governo Biden pode valer-se de uma lei de 1962 que o habilite a utilizar todos os meios a seu alcance para prevenir comunismo de se espalhar.
Você também pode invocar o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR).
Segundo Gutiérrez, tudo menos como fez Kennedy no início dos anos 1960, quando deixou os cubanos entregues à própria sorte em face do comunismo.
Segundo os dados de que dispõe a Assembleia da Resistência Cubana, da qual fazem parte as organizações da ilha, existem “centenas de detidos e muitos desaparecidos”, mas mesmo assim as fontes de protesto permanecem.
Os participantes da coletiva de imprensa afirmaram que não vão abandonar os cubanos que “se levantaram contra a tirania”.
Biden expressou na segunda-feira seu apoio ao povo cubano em meio aos protestos ocorridos na ilha caribenha, que descreveu como “um pedido de liberdade” em um “bravo” exercício de “direitos fundamentais”.
“O povo cubano está exercendo com coragem os direitos fundamentais e universais”, disse Biden em nota divulgada pela Casa Branca.
Biden também pediu respeito “pelo direito ao protesto pacífico e o direito a determinar seu próprio futuro” do povo cubano.
“Os Estados Unidos conclamam o regime cubano a ouvir seu povo e a servir suas necessidades neste momento chave, em vez de enriquecer”, concluiu.
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