O Exército da China está “pronto para aumentar a cooperação e a comunicação” com as Forças Armadas da Rússia, segundo disse nesta quinta-feira (30), um porta-voz militar do país asiático.
“As Forças Armadas chinesas estão dispostas a trabalhar com as russas para fortalecer ainda mais sua comunicação e coordenação estratégicas”, disse em entrevista coletiva o porta-voz do Exército chinês, Tan Kefei, citado por um comunicado do Ministério da Defesa em sua conta oficial na rede social Wechat.
Além disso, o Exército Popular de Libertação (PLA) está preparado para “organizar regularmente patrulhas marítimas e aéreas conjuntas” e “fortalecer o intercâmbio e a cooperação” com as forças russas, acrescentou.
Tan destacou que “a amizade entre a China e a Rússia é forte há muito tempo” e garantiu que a relação bilateral “não busca o confronto” nem “está dirigida a terceiros”.
Sob a “liderança estratégica” dos dois chefes de Estado, Xi Jinping e Vladimir Putin, a associação estratégica integral de cooperação entre China e Rússia “desenvolveu-se em alto nível” e a cooperação prática entre os dois exércitos “deu novos passos adiante”, considerou o porta-voz.
Ambas as forças militares poderão “proteger conjuntamente a justiça e a equidade internacionais” e “contribuir para a manutenção da segurança e da estabilidade internacionais e regionais”, completou Tan.
Xi visitou Moscou neste mês, onde se encontrou com seu homólogo russo logo após a China apresentar um documento descrevendo sua proposta de paz para o conflito na Ucrânia.
Pequim classificou a viagem como “uma visita importante entre dois grandes vizinhos e uma visita não apenas de cooperação, mas também de paz”.
O governo chinês, que se manifestou contra as sanções contra Moscou, divulgou em fevereiro um comunicado sobre o que chama de “conflito” na Ucrânia, no qual defende um cessar-fogo e o abandono da “mentalidade da guerra fria”, uma proposta criticada pelo Ocidente por colocar “o agressor e o agredido” no mesmo nível.
Em seu documento, Pequim defende o respeito pela integridade territorial dos países, incluindo a Ucrânia, e pelas “legítimas preocupações de segurança de todas as partes”, em referência à Rússia.
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