O ex-presidente do Chile Sebastián Piñera morreu nesta terça-feira quando o helicóptero que ele pilotava caiu sobre o Lago Rengo, no sul do país.
“É com profundo pesar que anunciamos a morte do ex-presidente da República do Chile Sebastián Piñera Echenique. Durante a tarde de terça-feira, 6 de fevereiro de 2024, o ex-mandatário sofreu um acidente aéreo na região de Los Ríos”, disse o escritório do político em um comunicado.
“Forneceremos informações sobre seu funeral no momento oportuno. Somos gratos pelas manifestações massivas de afeto e preocupação que recebemos durante essas horas amargas”, acrescenta a nota.
A informação sobre a morte de Piñera foi confirmada pela ministra do Interior, Carolina Toha, que expressou as condolências do governo e disse que o atual presidente chileno, Gabriel Boric, havia dado instruções para um funeral de Estado do político conservador, que presidiu o país em duas ocasiões.
A ministra deu poucos detalhes, mas confirmou que havia outras três pessoas no helicóptero – de acordo com a imprensa chilena, parentes do ex-presidente – que ficaram feridas.
Ainda de acordo com portais de notícias e emissoras chilenas, o ex-presidente estava no controle do helicóptero, no qual ficou preso pelo cinto de segurança no fundo do lago. Serviços de segurança e emergência estão tentando resgatar o corpo.
Nascido em 1º de dezembro de 1949 em Santiago, Piñera era pai de quatro filhos e filho de um ativista do Partido Democrata Cristão (DC) que foi embaixador na Bélgica e na ONU no governo de Eduardo Frei Montalva.
Formado na Faculdade de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Chile, Piñera fez doutorado na Universidade de Harvard (EUA) e começou a trabalhar como consultor para instituições como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial. Em 1978, assumiu a gerência geral do Banco de Talca, cargo que deixou em 1980.
Em 1989, lançou sua campanha como candidato independente a senador pela Região Metropolitana, para as eleições parlamentares do mesmo ano, e venceu.
Após ser eleito, filiou-se ao partido conservador Renovação Nacional (RN), que presidiria a partir de 2001. Quatro anos depois, concorreu pela primeira vez à presidência do país, cargo que conquistou em janeiro de 2010, quando enfrentou Frei Ruiz-Tagle no segundo turno das eleições.
Nessa eleição, ele venceu com 51,60% dos votos sobre o candidato da Concertação, que obteve 48,39%. Em 11 de março de 2010, assumiu a Presidência do Chile, que ocupou até 11 de março de 2014, sendo eleito novamente em 2018, em um segundo mandato.