Ex-presidente da Citgo desaparece na Venezuela após prisão: parentes temem por sua vida

Nem os advogados nem os familiares conseguiram obter informações sobre o seu paradeiro

04/09/2020 22:04 Atualizado: 05/09/2020 08:09

Por Milagros Boyer, PanAm Post

Um dos diretores da refinaria venezuelana Citgo, que foi preso pela tirania venezuelana em novembro de 2017, está desaparecido há uma semana, conforme informaram seus parentes nesta quinta-feira. A hipótese de que ele estava infectado com o vírus do PCC (Partido Comunista Chinês) está ganhando força.

José Pereira, ex-presidente da Citgo que está detido pelo regime de Maduro sob a acusação de lavagem de dinheiro, foi transferido em 28 de agosto para um hospital desconhecido depois de reclamar em um telefonema sobre uma tosse seca recorrente, disse seu filho John Pereira  à Associated Press.

Nas declarações do filho de Pereira, constata-se que nem os advogados nem os familiares conseguiram obter informações sobre o seu paradeiro. Da mesma forma, seus companheiros de cela relataram que na quarta-feira os guardas retiraram roupas e remédios de Pereira do local.

A audiência de terça-feira, à qual Pereira também deveria comparecer, foi cancelada sem motivo. Diante disso, seu filho alertou a imprensa: “Estamos desesperados (…) precisamos saber o que está acontecendo com ele”.

Pereira sofre de diabetes, hipertensão e luxação de disco, doenças que se agravaram com o tempo na prisão e que o tornariam mais vulnerável se exposto à COVID-19.

José Pereira foi preso junto com Tomeu Vadell, José Luis Zambrano, Alirio Zambrano, Jorge Toledo e Gustavo Cárdenas em 2017. Esses representantes da Citgo chegaram a Caracas com o objetivo de negociar com a tirania, mas foram presos sob acusação de apropriação indébita e lavagem de dinheiro.

Recentemente, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, exigiu novamente a libertação dessas pessoas, que passaram mais de 1.000 dias na prisão. Atualmente Gustavo Cárdenas e Jorge Toledo têm medida de prisão domiciliar, enquanto os demais permanecem atrás das grades em prisões onde a COVID-19 continua se espalhando.

Este artigo foi publicado originalmente no PanAm Post.

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