O Parlamento Europeu e o Conselho chegaram a um acordo provisório que confirma as metas de emissões zero para veículos comerciais leves e carros novos até 2035.
De acordo com o acordo alcançado pelos negociadores da UE com os Estados membros, a região alcançará a mobilidade rodoviária com emissão zero até 2035, de acordo com um comunicado de imprensa de 28 de outubro. O acordo visa reduzir as emissões de CO2 geradas por novos carros de passeio e veículos comerciais leves em 100% até 2035, em comparação com os níveis de 2021.
“Com essas metas, criamos clareza para a indústria automobilística e estimulamos a inovação e os investimentos para as montadoras. Além disso, comprar e dirigir carros com emissão zero se tornará mais barato para os consumidores”, disse o relator Jan Huitema, membro do grupo político Renew Europe Group, segundo o comunicado.
O acordo é o primeiro do pacote “Fit for 55”, que é um conjunto de propostas destinadas a permitir que a UE alcance uma redução de 55% nas emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2030.
A Comissão Europeia publicará um relatório para avaliar o progresso em direção à mobilidade rodoviária com emissões zero até 2025 e, posteriormente, a cada dois anos.
A UE canalizará o financiamento para a transição para veículos de emissão zero e tecnologias relacionadas. Até o final de 2024, as regras existentes para rotulagem de economia de combustível e emissões de CO2 serão revisadas.
O acordo agora requer a aprovação formal do Conselho Europeu e do Parlamento antes de entrar em vigor.
Há preocupações sobre a insistência da UE na rápida adoção de veículos com combustíveis não fósseis. Em entrevista à CNBC, o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, chamou o plano da UE de proibir a venda de novos carros e vans com Motor de Combustão Interna (ICE) até 2035 de uma “decisão puramente dogmática”.
“Acho que existe a possibilidade – e a necessidade – de uma abordagem mais pragmática para gerenciar a transição.”
Proibições dos EUA, Poluição por VE
A decisão da UE segue movimentos semelhantes nos Estados Unidos. Em agosto, a Califórnia anunciou que proibiria a venda de carros movidos a gasolina até 2035.
Em setembro, a governadora de Nova Iorque, Kathy Hochul, anunciou que todas as novas vendas de picapes, SUVs e carros no estado devem ser híbridos plug-in ou totalmente elétricos a partir de 2035.
O esforço para substituir os veículos movidos a combustíveis fósseis por elétricos, alegando que são mais ecológicos, vem sendo criticado nos últimos tempos.
Um estudo de 2019 do Instituto Ifo na Alemanha descobriu que um Tesla Model 3 elétrico emitia de 11% a 28% mais CO2 ao longo de sua vida útil quando comparado a um Mercedes C220D a diesel.
As baterias elétricas usadas nos VEs requerem mineração e processamento intensivos em energia, devido ao que geram duas vezes as emissões de CO2 quando comparadas à fabricação de motores de combustão interna.
À medida que a demanda por EVs cresce, também aumenta a necessidade de baterias. Isso significa mais mineração de matérias-primas como cobalto, lítio e níquel, causando mais danos à terra, à água e à vida selvagem.
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