Eurodeputado espanhol defende contra-atacar terroristas “até que não reste um único”

Por Agência de Notícias
30/05/2024 12:26 Atualizado: 30/05/2024 12:26

O líder da bancada do partido de direita espanhol Vox no Parlamento Europeu, Jorge Buxadé, afirmou nesta quarta-feira (29) que um país deve ter o direito de se defender de terroristas caso seja alvo de uma ação deles e contra-atacá-los “casa por casa, porão por porão, armazém por armazém, até que não reste um único”.

Falando em um comício na cidade de Valladolid visando as eleições de junho para o Parlamento Europeu, ele alegou o que a Espanha deveria fazer se sofresse um ataque como o que Israel recebeu do grupo terrorista palestino Hamas, em outubro do ano passado.

Buxadé disse que, em tal situação, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que está no poder com o presidente do Governo, Pedro Sánchez, “pediria perdão e se renderia”. Ainda de acordo com ele, o centro-direitista Partido Popular, o maior da oposição, pediria um “relator da ONU” ou um “mediador”.

“Somos claros sobre o que teríamos (líderes do Vox) feito: proclamar o direito da nação de se defender e atacar o terrorismo”, disse, convicto de que “essa é uma nação que se protege e é digna de si mesma”.

Antes do comício, em declarações a jornalistas, Buxadé defendeu que a “viagem urgente e extraordinária” do presidente do Vox, Santiago Abascal, a Jerusalém para se reunir com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, impediu que o Parlamento israelense fizesse qualquer declaração a favor de movimentos separatistas das regiões espanholas de Catalunha e País Basco.

Buxadé afirmou que Abascal resolveu “um problema muito sério”, pois havia um “risco evidente” de que o Parlamento israelense apoiasse uma possível separação de parte do território espanhol.

Ele também garantiu que Netanyahu transmitiu a Abascal sua “solidariedade com a integridade territorial da Espanha”.

Abascal viajou para Israel na terça-feira, no mesmo dia em que Espanha, assim como Irlanda e Noruega, reconheceram a Palestina como um Estado independente.