O presidente estadunidense Donald Trump reuniu-se com líderes militares no Pentágono na quinta-feira, 18 de janeiro, em meio a uma ameaça iminente de paralisia do governo.
Os democratas até agora se recusaram a concordar com uma solução de orçamento permanente em função de demandas para incluir uma solução legislativa para os chamados “sonhadores“.
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Trump indicou que está aberto a encontrar uma solução para os sonhadores, os jovens imigrantes que entraram ilegalmente nos Estados Unidos, mas exigiu maior proteção nas fronteiras, bem como mudanças no sistema de imigração, como parte do acordo.
Um caminho para a cidadania para este grupo poderia incentivar um aumento da imigração ilegal para os Estados Unidos. Trump exigiu que um muro de fronteira, limites para a imigração em cadeia e o fim da loteria de diversidade (green card) fizessem parte do acordo.
Os democratas, no entanto, não quiseram cooperar.
Se nenhum acordo for alcançado até 19 de janeiro, uma paralisia do governo poderia ocorrer. Nesse caso, os pagamentos de salários dos membros do serviço militar em todo o mundo poderiam ser impactados.
A paralisia ocorreria num momento especialmente perigoso, já que a Coreia do Norte tem ameaçado atacar os Estados Unidos com uma arma nuclear nos últimos meses. A isolada nação comunista possui agora um míssil balístico intercontinental (ICBM) que pode alcançar os Estados Unidos.
Isso também ocorre enquanto os militares dos EUA estão realizando operações antiterroristas cruciais no Iraque, na Síria e no Afeganistão.
A Casa Branca disse na quarta-feira que apoiaria outra medida de curto prazo conhecida como uma resolução de continuação (RC), para manter o financiamento atual para as operações federais e manter o governo em funcionamento até meados de fevereiro.
“Nós apoiamos a RC de curto prazo. No entanto, essa não é a nossa primeira escolha”, afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, em 17 de janeiro.
“Ainda gostaríamos de ver uma lei de financiamento limpa, um acordo orçamentário de dois anos”, disse ela.
Falando no Pentágono na quinta-feira antes do encontro com líderes militares, Trump disse: “Estamos aqui para apoiar as forças armadas do nosso país.”
“Se o país ficar paralisado, o que poderia muito bem ocorrer, o orçamento deveria ser tratado muito diferentemente de como tem sido no último longo período de tempo, por muitos anos”, disse ele.
Trump disse que o país precisa dos militares agora mais do que nunca.
Desde que chegou ao cargo no ano passado, Trump tem considerado a introdução de melhorias entre os militares uma prioridade fundamental.
No mês passado, Trump assinou a Lei de Autorização da Defesa Nacional, a legislação de defesa anual.
A lei inclui um aumento geral dos gastos militares e a aquisição de novos equipamentos de defesa. Entre as despesas orçadas estão os aviões de combate F-35 Joint Strike, veículos de combate terrestre e submarinos da classe Virgínia.
A lei aumentará o tamanho das Forças Armadas dos EUA pela primeira vez em sete anos. Ela também oferece aos membros do serviço militar o maior aumento salarial em oito anos, de acordo com a Casa Branca.
No entanto, o financiamento da lei ainda depende do Congresso aprovar um orçamento.
“Estou aqui pelos nossos militares, estou aqui para apoiar os nossos grandes e poderosos militares”, disse Trump. “E nós continuaremos assim, mas os tornaremos muito melhores e é isso que estamos fazendo.”
A principal estratégia dos democratas durante o ano passado tem sido obstruir todas as iniciativas políticas de Trump. O projeto de lei de reforma fiscal aprovado no mês passado e assinado em lei por Trump não recebeu um único voto dos democratas.
“Então, nossos cortes de impostos e nossa reforma tributária acabaram por ser muito maiores do que qualquer um antecipou, e tenho certeza de que os democratas gostariam de prejudicar isso paralisando o governo”, disse Trump.
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