A Casa Branca anunciou na quarta-feira, 18 de janeiro, que o presidente estadunidense Donald Trump discursará na anual 45ª Marcha pela Vida em Washington, D.C., na sexta-feira, tornando-se o primeiro presidente a fazer isso desde que o evento foi realizado pela primeira vez em 1974.
A Marcha pela Vida protesta a decisão da Suprema Corte no caso “Roe v. Wade” que exigiu que os estados legalizassem o aborto.
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O vice-presidente Mike Pence tornou-se o primeiro vice-presidente em exercício a discursar na marcha pessoalmente no ano passado. George W. Bush dirigiu-se ao grupo por telefone em 2008 e Ronald Reagan fez o mesmo em 1987.
“O presidente está empenhado em proteger a vida dos ainda não nascidos e ele está animado para fazer parte desse evento histórico”, afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders.
Trump discursará durante a marcha por meio de uma conexão de satélite ao vivo do Jardim das Rosas na Casa Branca, acompanhado por jovens participantes da Marcha pela Vida e do presidente da organização, Patrick Kelly.
O Jardim das Rosas possui um grande simbolismo para o grupo, que tem entregado rosas regularmente aos membros do Congresso durante as marchas anuais. A rosa vermelha simbolizou o parto desde o século 16 e também representa o luto.
O logotipo da Marcha pela Vida, uma rosa vermelha com suas pétalas modeladas de forma a representar uma mãe amamentando uma criança, representa “as 55 milhões de vidas americanas únicas que foram perdidas por meio do aborto nos últimos 41 anos”, escreveu a organização num comunicado.
Trump tomou várias medidas para reduzir o aborto desde o início do mandato. Ele reintegrou a Política da Cidade do México da era Reagan durante sua primeira semana no cargo. Essa política proíbe as organizações não governamentais que realizam abortos ou promovem o aborto de receberem fundos do governo.
Trump também eliminou um regulamento da era Obama que impediu os estados de cortarem o financiamento de serviços de aborto, de acordo com a mídia Politico. A gestão Trump também disse que faria cumprir uma disposição da lei Obamacare que proíbe o dinheiro dos contribuintes de dar cobertura ao aborto.
Trump também prometeu assinar uma legislação para limitar o momento do aborto durante uma gravidez e prometeu acabar com o financiamento da Planned Parenthood, o maior fornecedor de serviços de aborto nos Estados Unidos. O presidente nomeou uma série de juízes pró-vida que podem afetar a posição legal sobre o aborto mesmo depois que ele deixar o cargo.
“Ele tem sido ótimo na política pública pró-vida”, disse a presidente da Marcha pela Vida, Jeanne Mancini, ao Politico. “Não lhe falta coragem. Ele está se debruçando sobre esta questão de uma forma revigorante.”
O número de abortos realizados nos Estados Unidos diminuiu de forma constante desde a década de 1990. Em 1990, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) informou 1.429.577 abortos legais nos Estados Unidos. Esse número caiu para 820.151 em 2005 e 652.639 em 2014.
Em dezembro, o Departamento de Justiça anunciou uma investigação sobre a Planned Parenthood envolvendo a venda de tecido fetal humano.
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