Por Ivan Pentchoukov, Epoch Times
Os Estados Unidos se retiraram do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas na terça-feira (19), dizendo que a organização não merecia seu próprio nome.
O secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo e a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, anunciaram a retirada na noite de terça-feira (19).
“O Conselho de Direitos Humanos é um defensor pobre dos direitos humanos”, disse Pompeo. “Pior que isso, o Conselho de Direitos Humanos se tornou um exercício de hipocrisia desavergonhada, com muitos dos piores abusos de direitos humanos do mundo sendo ignorados e alguns dos ofensores mais sérios do mundo sentados no próprio conselho”.
Pompeo nomeou a China, Cuba e Venezuela como alguns dos piores violadores dos direitos humanos que fazem parte do Conselho. Haley disse que o Conselho ignora os abusos na Venezuela e no Irã ao mesmo tempo em que admite conhecidos violadores dos direitos humanos, como a República Democrática do Congo.
Tanto Haley quanto Pompeo apontaram o viés da organização contra Israel. Desde a sua criação, o Conselho aprovou mais resoluções contra Israel do que o resto do mundo combinado, disse Pompeo.
Os Estados Unidos tentaram reformar o Conselho por mais de um ano, segundo Pompeo e Haley. Mas seus esforços foram combatidos pela resistência dos países que o usam como uma ferramenta para se isolar das críticas dos próprios abusos que cometem.
“Por muito tempo, o Conselho de Direitos Humanos tem sido um protetor de violadores dos direitos humanos e um antro de viés político”, disse Haley.
Enquanto isso, os aliados dos Estados Unidos no Conselho se recusaram a ajudar publicamente, apesar de terem muitas oportunidades de fazê-lo. Muitos dos países ficaram constrangidos com o tratamento dado pelo Conselho a Israel, mas não se levantaram publicamente, observou Haley.
Aliados americanos no Conselho tentaram persuadir Washington a permanecer a bordo, dizendo que a participação dos Estados Unidos dá à organização seu último pingo de credibilidade. Haley disse que esta é a razão pela qual os Estados Unidos estão saindo.
A embaixadora disse que os Estados Unidos buscarão agora promover o trabalho de direitos humanos fora do Conselho.
Falando diante da Assembleia-geral das Nações Unidas no ano passado, o presidente norte-americano Donald Trump disse que é embaraçoso que alguns dos maiores violadores dos direitos humanos do mundo participem do Conselho de Direitos Humanos.