EUA impões sanções à empresas chinesas que vendem ao Irã drones usados ​​na Ucrânia

Por Agência de Notícias
10/03/2023 15:04 Atualizado: 10/03/2023 15:07

Os Estados Unidos impôs sanções nesta sexta-feira (10) cinco empresas sediadas na China que vendem ao Irã componentes para fabricar drones como os que Teerã forneceu à Rússia para a guerra na Ucrânia.

“Os Estados Unidos usarão todas as ferramentas à sua disposição para interromper essas atividades e trabalharemos com nossos parceiros e aliados para responsabilizar o Irã”, advertiu em comunicado o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

Segundo o chefe da diplomacia americana, esta rede “é responsável pela venda e envio de milhares de componentes” para drones à HESA, fabricante iraniana de aeronaves sancionada por Washington desde 2008.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos enfatizou em comunicado que esta empresa exportou drones modelo UAV Shared-136 para a Rússia, que o Exército russo usou em sua ofensiva contra a Ucrânia.

“O Irã está diretamente implicado nas baixas civis ucranianas resultantes do uso por parte da Rússia de veículos aéreos não tripulados iranianos na Ucrânia”, disse o subsecretário do Tesouro americano, Brian Nelson.

Desde setembro do ano passado, quando os EUA detectaram o uso de drones iranianos durante a invasão russa da Ucrânia, o Tesouro americano emitiu seis rodadas de sanções contra entidades e indivíduos envolvidos na fabricação desses veículos aéreos não tripulados.

As empresas sancionadas nesta sexta-feira são Koto Machinery, Raven, Guilin Alpha, S&C Trade e Caspro, todas localizadas na China. Yun Xia Yuan, funcionário da S&C Trade, também foi sancionado.

Sob essas sanções, todas as suas propriedades e ativos nos Estados Unidos são bloqueados e ficam todos proibidos de realizar transações comerciais e financeiras em território americano.

Ao ser consultado hoje sobre essas empresas chinesas, o porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca, John Kirby, garantiu em coletiva de imprensa que o governo de Joe Biden quer manter abertas as linhas de comunicação com Pequim.

“Vamos tentar abordar as preocupações que temos com a China, as coisas com as quais não concordamos, e procuraremos avançar nas questões em que possa haver algum tipo de colaboração”, declarou Kirby.

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