Os Estados Unidos questionaram nesta segunda-feira (13), que a China pode suplantar a influência americana no Oriente Médio, apesar de Pequim ter patrocinado o acordo histórico para restabelecer as relações entre Irã e Arábia Saudita.
“Acho difícil entender como nosso papel pode ser suplantado quando nenhum país no mundo fez mais para ajudar a construir uma região mais estável”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.
Ele alegou que o pacto “não é sobre a China”, mas sobre a melhora das relações entre iranianos e sauditas, e reivindicou que Washington sempre apoiou o “diálogo” e a “diminuição” de tensões na região.
O porta-voz enfatizou que o governo do presidente americano, Joe Biden, trabalhou para alcançar a paz no Iêmen, apoiou seus aliados no Golfo Pérsico, ajudou Israel a melhorar as relações com seus vizinhos e tentou resolver o conflito com os palestinos.
“Não creio que haja nenhum outro país no mundo que tenha trabalhado mais intensamente com israelenses e palestinos para reduzir as tensões e preservar a viabilidade de uma solução de dois Estados”, afirmou.
No entanto, o porta-voz da diplomacia americana disse que seu país “está profundamente comprometido com o Oriente Médio” e destacou que tem dado “demonstrado resultados para uma região mais próspera, integrada e estável”.
Irã e Arábia Saudita anunciaram na última sexta-feira um acordo para restabelecer suas relações diplomáticas, rompidas por Riad em 2016 após os ataques a suas sedes diplomáticas no país persa.
O acordo prevê a reabertura das embaixadas e foi assinado na China, que tem sido mediadora entre as duas potências petrolíferas, o que tem sido interpretado como um retrocesso na influência dos Estados Unidos na região.
Price considerou hoje que o acordo “tem claramente a possibilidade de reduzir a tensão” entre as duas potências regionais, mas acrescentou que isso só acontecerá se o Irã “cumprir o que se comprometeu”.
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