Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (17) que proibiram Elor Azaria, ex-soldado das Forças de Defesa de Israel (FDI), de entrar no país pelo seu “envolvimento” em um “assassinato extrajudicial” na Cisjordânia.
O Departamento de Estado também confirmou em um comunicado que está “tomando medidas” para restringir os vistos de entrada no país de outros indivíduos, que não identificou, “por terem estado envolvidos ou contribuído significativamente para minar a paz, segurança e estabilidade da Cisjordânia”.
Em 2016, enquanto fazia parte das FDI, Azaria matou um palestino de 20 anos em Hebron (Cisjordânia) que havia sido ferido e imobilizado após esfaquear um soldado israelense.
Azaria foi inicialmente condenado a 18 meses de prisão, embora a pena tenha sido posteriormente reduzida para 14 meses e ele tenha sido libertado após cumprir dois terços da pena.
O governo americano observou que a proibição da entrada de Azaria no país, que também afeta sua família próxima, visa “promover a responsabilização por graves violações dos direitos humanos e ações que comprometem a paz, a segurança e a estabilidade na Cisjordânia”.
A sanção contra Azaria surge após o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, ter revelado em abril que seu departamento está investigando supostas violações dos direitos humanos por parte de Israel.
Analistas dos EUA e Israel indicaram que Washington estaria preparando sanções contra o batalhão ultraortodoxo Netzah Yehuda pelas suas ações na Cisjordânia.
Washington sancionou no passado colonos judeus na Cisjordânia pelo seu papel na violência contra a população palestina, mas nunca contra uma unidade militar israelense.