O Líbano deve cortar o Hezbollah, que é apoiado pelo Irã, do setor financeiro, disse um funcionário dos Estados Unidos sobre o combate ao financiamento ilícito, na terça-feira, 23 de janeiro, duas semanas depois que Washington começou um novo impulso para interromper as rotas de financiamento global do grupo terrorista.
Numa visita de dois dias ao Líbano, o subsecretário de financiamento ao terrorismo do Tesouro dos Estados Unidos, Marshall Billingslea, “exortou o Líbano a tomar todas as medidas possíveis para garantir que (o Hezbollah) não seja parte do setor financeiro”.
Billingslea também “enfatizou a importância de combater a atividade maligna iraniana no Líbano”, afirmou uma declaração da embaixada dos Estados Unidos no Líbano.
O Hezbollah, que é uma organização xiita e apoiado pelo Irã, é classificado como um grupo terrorista por Washington. E tem significante influência no delicado governo de unidade nacional do Líbano.
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Funcionários dos EUA dizem que o Hezbollah é financiado não apenas pelo Irã, mas por redes globais de pessoas, empresas e operações de lavagem de dinheiro.
As Leis de Prevenção do Financiamento Internacional do Hezbollah de 2015 e 2017 nos Estados Unidos visaram cortar as rotas de financiamento do grupo, e várias pessoas ligadas ao Hezbollah estão em listas de sanções.
Os Estados Unidos tiveram de equilibrar sua restrição às rotas de financiamento do Hezbollah com a necessidade de manter a estabilidade no Líbano. As autoridades bancárias e políticas libanesas pressionaram Washington para garantir que as medidas anti-Hezbollah não destruam o sistema bancário que sustenta a economia.
Em suas reuniões com o presidente Michel Aoun, o primeiro-ministro Saad al-Hariri e outras figuras bancárias e políticas, Billingslea disse que o governo dos EUA está empenhado em trabalhar com o Líbano para proteger seu sistema financeiro e apoiar um “Líbano forte, estável e próspero”.
Billingslea também disse que Washington ajudaria o Líbano a proteger seu sistema financeiro do Estado Islâmico e de outros terroristas.
Duas semanas atrás, a gestão Trump criou uma equipe para investigar se são verdadeiras as alegações de que a gestão Obama bloqueou em 2015 a investigação do Departamento de Combate às Drogas (DEA, na sigla em inglês) sobre o tráfico de drogas ligado ao Hezbollah.
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