EUA prepara novas sanções contra países que enviam equipamentos militares à Rússia

Por Agência de Notícias
22/10/2024 15:27 Atualizado: 22/10/2024 15:27

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta terça-feira (22) que o governo intensificará a pressão sobre a Rússia com um novo pacote de sanções que poderá ser anunciado na próxima semana e terá como alvo países e empresas que facilitam o fornecimento de equipamentos militares a Moscou.

“Continuamos a agir contra a evasão das sanções russas e, já na próxima semana, introduziremos novas e fortes sanções direcionadas àqueles que facilitam a máquina de guerra do Kremlin, incluindo intermediários em países terceiros que estão fornecendo à Rússia materiais essenciais para suas forças armadas”, explicou Yellen.

Esses comentários coincidem com o encontro desta semana em Washington de líderes financeiros de todo o mundo para as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM).

As novas restrições fazem parte das medidas adicionais que Washington tomou nos últimos meses para impedir que os militares russos tenham acesso à tecnologia e ao armamento para a guerra na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022.

Após a invasão da Ucrânia, os EUA coordenaram com a União Europeia e países aliados, como o Canadá, a imposição de sanções com o objetivo de isolar a economia da Rússia do mercado financeiro internacional, incluindo a exclusão de seus bancos do sistema internacional de comunicação interbancária SWIFT, além de medidas contra seu setor de energia.

Nos últimos meses, Washington e seus aliados intensificaram sanções contra o que chamam de “máquina de guerra” da Rússia, com restrições, por exemplo, à exportação de produtos que podem ser usados tanto para fins civis quanto militares.

Para contornar as sanções ocidentais, a Rússia encontrou novas rotas para ter acesso a tais materiais por meio de países como China, Índia, Malásia e Tailândia.

De acordo com Washington, Moscou recorreu a países como Coreia do Norte e Irã para comprar armamentos, incluindo munições e drones.