Os Estados Unidos estão enviando seus bombardeiros estratégicos furtivos B-2 com capacidade nuclear para Guam, o território nacional mais próximo da Coreia do Norte.
A Força Aérea do Pacífico anunciou o deslocamento de três aviões B-2 Spirit juntamente com 200 aviadores, em seu relatório de 9 de janeiro, de acordo com o jornal Washington Examiner. Os aviões B-2 Spirit de baixa visibilidade para a defesa antiaérea complementarão o envio dos B-1 Lancers da Base Aérea de Andersen, localizada na ilha.
Guam tem sido um território-chave para o poder militar dos Estados Unidos na Ásia desde a Segunda Guerra Mundial. Além da sua localização estratégica no Pacífico, que facilita o acesso à Ásia, oferece atividades de apoio ao Exército. No verão passado, Guam tornou-se alvo das ameaças de bombardeio do regime norte-coreano.
Apesar da existência de bases norte-americanas mais próximas da Coreia do Norte, Guam continua sendo um local-chave. Como informado pelo jornal Pacific Daily News, ao contrário de outras bases militares na região, os Estados Unidos desfrutam de maior liberdade de decisão nesse local.
O anúncio da movimentação dos aviões furtivos foi realizado no mesmo dia em que as delegações da Coreia do Norte e da Coreia do Sul mantiveram conversações pela primeira vez desde 2015.
Como resultado das negociações, representantes da Coreia do Norte anunciaram que irão enviar uma delegação de atletas aos Jogos Olímpicos de Inverno em Pyeongchang, informou a agência Reuters.
“Minha opinião é de que o presidente Trump merece todo crédito pelas negociações inter-coreanas que estão ocorrendo”, afirmou o presidente da Coreia do Sul Moon Jae-in, numa entrevista à imprensa. “Elas podem ser o resultado das sanções e pressões comandadas pelos Estados Unidos”.
O principal representante da Coreia do Norte explicou, por sua vez, que as armas de seu regime apontam apenas para os Estados Unidos e não para a Rússia, China ou Coreia do Sul. Ele fez os comentários depois de rejeitar as perguntas de seus colegas do sul sobre o programa nuclear do seu regime, disse o canal Fox.
Especialistas sugerem que a Coreia do Norte propôs as negociações como forma de interromper a cooperação entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos, mas representantes da Coreia do Sul afirmaram que continua o apoio à posição do presidente Trump sobre a desnuclearização do regime comunista de Kim Jong-un.
“A Coreia do Sul irá junto com os Estados Unidos às reuniões de negociação com a Coreia do Norte”, disse Chung-in Moon, assessor especial do presidente Moon para Relações Exteriores e Segurança Nacional, através da Fox.
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