EUA oferecem ajuda financeira ao governo tibetano no exílio e aos tibetanos ao redor do mundo

Ajuda é coerente com antiga política norte-americana de prover apoio aos tibetanos e ao governo exilado

04/04/2018 17:14 Atualizado: 04/04/2018 17:14

Por Matheus Ferreira Lima, Epoch Times

Em meio a um crescente impasse diplomático e econômico entre os Estados Unidos e o regime comunista chinês, o Congresso norte-americano aprovou uma lei orçamentária enorme, na qual está incluso o valor de US$ 17 milhões a serem utilizados para auxiliar os tibetanos, dentro e fora do Tibete. Isso inclui o governo exilado, ao qual o regime chinês é veemente hostil.

A receita foi reservada através da Lei Consolidada de Dotações de 2018, na qual foram incluídos US$ 8 milhões para os tibetanos vivendo em seu país e US$ 6 milhões para as comunidades tibetanas da Índia e no Nepal. Somado a isso, o Congresso norte-americano criou uma linha adicional de financiamento de US$ 3 milhões para fortalecer o governo tibetano em exílio e as instituições tibetanas.

“Nós agradecemos ao governo dos Estados Unidos e ao Congresso pela ajuda financeira generosa à comunidade tibetana”, afirmou o Dr. Lobsang Sangay, presidente do governo no exílio do Tibete, oficialmente conhecido por Administração Central do Tibete (ACT).

A ACT está sediada em Dharamshala, na Índia, e na prática representa a comunidade tibetana no país hindu, com população aproximada de 100 mil tibetanos. Ela também alega representar o povo de toda a região tibetana, ocupada pelo regime chinês desde a invasão militar de 1950.

O aumento dos recursos financeiros concedidos pelo Congresso elimina a preocupação de que o apoio dos Estados Unidos ao Tibete estaria diminuindo, posto que o corte no orçamento do Departamento de Estado em 2017, no governo Trump, gerou o temor de que o auxílio aos tibetanos seria reduzido ou encerrado definitivamente.

A ajuda é coerente com a antiga política norte-americana de prover apoio aos tibetanos e ao governo exilado, apesar da permanente oposição do regime chinês a isso, o qual vê a questão como interferência na política doméstica chinesa.