EUA: manifestantes pró-aborto bloqueiam ruas fora da Suprema Corte

Manifestantes se reuniram hoje em Washington para expor sua oposição à reversão da lei que permite o aborto nos EUA

13/06/2022 13:38 Atualizado: 13/06/2022 13:38

Por Jackson Elliott & Zachary Stieber 

Washington – cerca de 80 manifestantes pró-aborto invadiram Washington hoje, dia 13 de junho, para bloquear ruas e manifestar sua oposição à iminente decisão do tribunal sobre Roe v. Wade, a lei que permite o aborto nos Estados Unidos.

“De quem são as cortes? Nossas!” alguns dos manifestantes gritavam, enquanto seguravam uma placa dizendo “Nossa casa está pegando fogo”.

“Nós não somos sua incubadora. [palavrão] o tribunal e a legislatura”, foi outro dos cantos.

Oficiais do Departamento da Polícia Metropolitana e oficiais da Polícia do Capitólio dos EUA estavam na segunda-feira do lado de fora da Suprema Corte, que fica perto do Capitólio dos EUA, e muros foram erguidos ao redor do prédio, em maio. Os manifestantes bloquearam várias ruas do lado de fora do tribunal e disseram que sua intenção era bloquear as entradas para que os juízes não pudessem entrar.

Os protestos foram organizados por grupos ativistas, incluindo SCOTUS 6 e Shut Down DC.

Os manifestantes ameaçaram um repórter do Epoch Times, que vêm relatando suas reuniões pré-manifestação, incluindo uma em que eles disseram que não eram contra ações violentas.

Os grupos estão irritados com a perspectiva de que a Suprema Corte anule Roe v. Wade, a decisão de 1973 que concluiu que o acesso ao aborto é um direito constitucional. A decisão limitou como os estados podem regular o aborto.

Um projeto de decisão vazado em maio sugeriu que o tribunal decidirá a favor do Mississippi em Dobbs v. Jackson, efetivamente revertendo a decisão de 1973.

Ainda não está claro quando a decisão final no caso será emitida. O tribunal divulgou pareceres na segunda-feira, mas não sobre essa questão.

Os manifestantes estavam decidindo o que fazer a seguir solicitando opiniões de todos os representantes de grupos de “afinidade” envolvidos com os protestos.

A lei federal proíbe piquetes ou desfiles perto de um prédio que abriga um tribunal federal com “a intenção de interferir, obstruir ou impedir a administração da justiça, ou com a intenção de influenciar qualquer juiz, jurado, testemunha ou oficial de justiça, na dispensa de seu dever”, mas nenhuma prisão foi feita.

Antes dos protestos, o chefe da Polícia Metropolitana, Robert Contee, disse que a agência estava aumentando sua presença policial, além de ativar policiais treinados para lidar com distúrbios civis.

“Além disso, estamos trabalhando em estreita colaboração com nossos parceiros policiais, governamentais e comunitários para garantir que todos esses eventos sejam pacíficos e nossos bairros seguros”, disse ele em uma entrevista coletiva com a prefeita de Washington, Muriel Bowser, uma democrata.

Contee alertou os participantes para não portarem armas de fogo e deixarem a aplicação das leis para a polícia.

Enquanto isso, o procurador dos EUA Matthew Graves e o diretor assistente responsável Steven M. D’Antuono, do escritório de campo do FBI em Washington, disseram que “não toleraremos violência, destruição, interferência nas funções do governo ou invasão de propriedade do governo”.

“Estamos comprometidos em trabalhar em estreita colaboração com nossos parceiros policiais locais, estaduais e federais para impedir qualquer indivíduo que pretenda cometer violência ou atividade criminosa sob o pretexto de realizar uma manifestação”, acrescentaram em comunicado conjunto em 10 de junho.

Jack Phillips contribuiu para esta reportagem.

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