O inspetor-geral do Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) dos Estados Unidos localizou as mensagens desaparecidas entre dois funcionários anti-Trump do Departamento Federal de Investigação (FBI), de acordo com uma carta enviada aos comitês do Congresso na quinta-feira, 25 de janeiro, e obtida pela CNN e Fox News.
O inspetor-geral do DOJ, Michael Horowitz, escreveu que sua equipe “conseguiu usar ferramentas forenses para recuperar as mensagens de texto de dispositivos do FBI, incluindo as mensagens de texto entre o sr. Peter Strzok e sra. Lisa Page que foram enviadas ou recebidas entre 14 de dezembro de 2016 e 17 de maio de 2017”.
A equipe de investigadores do inspetor-geral recuperou pelo menos quatro telefones que pertenciam a Strzok e Page para recuperar as mensagens, informou a Fox News.
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“Nosso esforço para recuperar qualquer mensagem de texto adicional está em andamento”, escreveu Horowitz. “Nós forneceremos cópias das mensagens de texto que recuperamos desses dispositivos ao DOJ para que a liderança do DOJ possa tomar qualquer ação administrativa que considere apropriada.”
Os textos faltantes entre Strzok e Page estão no centro de uma controvérsia acalorada depois que o DOJ informou aos membros do congresso que cinco meses de mensagens não poderiam ser recuperadas. O presidente norte-americano Donald Trump comentou sobre os textos faltantes como “uma das maiores histórias em muito tempo” e o procurador-geral Jeff Sessions disse que o DOJ “não deixará pedra sobre pedra” para recuperar as mensagens.
Strzok e Page foram primeiramente postos sob intenso escrutínio depois que seus textos anti-Trump foram tornados públicos. Meses antes que as mensagens fossem publicadas, Strzok foi removido da investigação Trump-Rússia liderada pelo conselho-especial Robert Muller em função dessas mesmas mensagens.
Nas mensagens, o casal discutiu uma “apólice de seguro” no evento improvável em que Trump foi eleito.
Os legisladores que estão revisando as mensagens adicionais entre Strzok e Page mencionaram que os dois, que estavam tendo um caso na época, também discutiram sobre uma “sociedade secreta” em suas mensagens. De acordo com um informante citado pelo senador Ron Johnson (R-Wis.), o grupo secreto consistia de funcionários do alto escalão do FBI e do DOJ que realizaram reuniões secretas fora de seus locais de trabalho.
De acordo com um alto funcionário do FBI que falou com a mídia True Pundit, mensagens e e-mails entre funcionários principais do FBI contêm conversas sobre iniciar danos físicos contra o presidente Trump.
“Isso é muito maior do que apenas textos entre dois agentes do FBI”, disse o funcionário ao True Pundit. “Isto é território perigoso e todas as mensagens de texto do FBI e telefones pessoais devem ser examinados. Isso revelaria algumas conversas assustadoras.”
A fonte do True Pundit disse que as mensagens do vice-diretor do FBI, Andrew McCabe, são particularmente preocupantes e podem ser “um tesouro anti-Trump”.
A descoberta dos textos “desaparecidos” ocorre ao mesmo tempo em que os legisladores do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes dos EUA reafirmaram sua determinação de divulgar publicamente um memorando potencialmente devastador sobre a vigilância governamental politicamente motivada conduzida pela gestão Obama contra a campanha e a transição de Trump, sugeriram a Fox News os legisladores que leram o memorando.
Os legisladores que viram o memorando estão comparando isso com um “golpe palaciano” e classificaram o conteúdo como “pior do que o caso Watergate”. O memorando de quatro páginas pode ser publicado na próxima semana.
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