EUA impõe sanções a quatro agentes russos envolvidos no envenenamento de Navalny

Por Agência de Notícias
17/08/2023 15:06 Atualizado: 17/08/2023 19:44

Os Estados Unidos aplicaram sanções nesta quinta-feira a quatro agentes do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, antiga KGB) por seu envolvimento no envenenamento em 2020 do líder da oposição russa, Alexei Navalny, hoje detido e condenado a 19 anos de prisão.

O Departamento de Estado dos EUA proibiu Alexei Alexandrov, Konstantin Kudryavtse, Ivan Osipov e Vladimir Panyaev de entrar no país.

Além disso, o Departamento do Tesouro americano bloqueou todos os bens e ativos que essas pessoas possam ter nos EUA e as proibiu de realizar transações com eles.

“A tentativa de assassinato contra Alexei Navalny em 2020 demonstra o desprezo do Kremlin pelos direitos humanos. Usaremos as ferramentas à nossa disposição para responsabilizar os carrascos do Kremlin”, disse Brian Nelson, subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira.

Em 20 de agosto de 2020, Navalny ficou gravemente doente durante um voo para Moscou e o avião teve que fazer um pouso de emergência para que ele pudesse ser hospitalizado.

Segundo os Estados Unidos, o líder da oposição russa teria sido envenenado pelo FSB com novichok, um agente nervoso desenvolvido pela União Soviética e usado apenas pelas autoridades russas.

Os EUA garantem que Navalny foi seguido por agentes do FSB durante as visitas que realizou nas cidades de Tomsk e Omsk, que invadiram seu hotel, impregnaram seus pertences com veneno e tentaram apagar qualquer vestígio de evidência.

Alexandrov, Kudryavtsev, Osipov e Panyaev pertencem ao Instituto Forense do FSB, um laboratório fundado durante a era soviética e sancionado pelos Estados Unidos desde 2021.

Navalny foi condenado a 19 anos de prisão em 4 de agosto por extremismo, em represália por denunciar a corrupção das mais altas esferas do poder russo, de forma que o inimigo número um do Kremlin não verá a luz do dia até 2050.

No mesmo dia da condenação, os Estados Unidos exigiram a libertação “imediata” do líder opositor russo e qualificaram a sentença como “injusta”.

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