EUA elogiam decisão do Reino Unido de excluir Huawei do 5G

15/07/2020 12:32 Atualizado: 15/07/2020 12:32

Por EFE

Washington, 14 jul – O governo dos Estados Unidos apoiou nesta terça-feira a decisão do Reino Unido de proibir que as operadoras de telecomunicações adquiram tecnologia 5G da Huawei a partir de 2021, além de precisarem eliminar o material chinês já instalado até 2027.

“Com esta decisão, o Reino Unido se une à crescente lista de países de todo o mundo que defendem sua segurança nacional ao proibir o uso de provedores de alto risco que não sejam de confiança”, afirmou em comunicado o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.

O chefe da diplomacia americana disse que estava disposto a continuar trabalhando com os britânicos “para fomentar um ecossistema 5G seguro e vibrante”.

“Os países devem poder confiar que os equipamentos e o software 5G não ameaçam a segurança nacional, a segurança econômica, a privacidade, a propriedade intelectual e os direitos humanos”, acrescentou.

Pompeo destacou que a decisão aproximou o Reino Unido de países como República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Letônia, Polônia, Romênia e Suécia.

Nesta terça-feira, na Câmara dos Comuns, o secretário britânico para Digital, Cultura, Mídia e Esporte, Oliver Dowden, comunicou a medida após uma reunião do Conselho de Segurança Nacional, presidido pelo primeiro-ministro, Boris Johnson.

A nova decisão anulou outra de janeiro, que autorizava a Huawei a acessar partes não estratégicas da rede 5G, por considerar que representaria um risco “controlável” para a segurança nacional.

Dowden explicou que as circunstâncias mudaram, motivo pelo qual o Conselho “levou em consideração” a decisão anunciada em maio pelos EUA de restringir a venda de chips de fabricação americana à gigante asiática, o que coloca em risco “a cadeia de abastecimento”.

As principais operadoras britânicas, entre elas Vodafone e BT, já advertiram que a eliminação dos equipamentos da Huawei das redes do Reino Unido custará bilhões de libras e pode provocar quedas de sinal.

Londres tomou a decisão após receber constantes pressões de Washington, que argumenta que os acordos com a Huawei expõem os países a espionagem e sabotagem por parte da China, acusações negadas pelo governo chinês.