EUA e BID defendem uma cadeia de abastecimento integrada em toda a América

Por Agência de Notícias
02/11/2023 14:27 Atualizado: 02/11/2023 14:27

Os Estados Unidos e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) reafirmaram nesta quinta-feira o seu compromisso em promover a existência de uma cadeia de abastecimento integrada entre Washington e os países latino-americanos.

Essa posição foi reforçada pela secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, e pelo presidente do BID, o brasileiro Ilan Goldfajn, na inauguração do Fórum de Investimento Responsável da Parceria Américas-BID, que acontece hoje na capital americana.

Yellen detalhou no seu discurso que o governo americano vê a região como uma “oportunidade única” para diversificar as cadeias de abastecimento do país.

Especificamente, mencionou o potencial da região para se tornar um aliado dos EUA na transição para as energias renováveis ​​ou na fabricação de semicondutores e chips necessários “para a atual e nova geração de veículos elétricos”, por exemplo.

A responsável pela pasta do Tesouro comentou que, para isso, podem ser criadas “cadeias de abastecimento verticais” na América Latina, através da utilização de lítio “extraído localmente”.

A região possui 60% de todos os recursos deste mineral identificados no mundo, localizados principalmente na Bolívia, Argentina e Chile, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Juntamente com o BID, destacou Yellen, os EUA estão “comprometidos em fornecer financiamento de classe mundial” aos países da América Latina e do Caribe.

“Apoiaremos a troca de conhecimento e a melhoria das habilidades dos trabalhadores e colaboraremos com as partes interessadas dos setores público e privado”, acrescentou Yellen.

O fórum foi inaugurado por Goldfajn, que ressaltou que a América Latina e o Caribe têm “uma oportunidade única” de fazer parte da solução para “desafios globais” como a mudança climática, devido à sua riqueza em fontes de energia renováveis, ​​e a insegurança alimentar.

“É importante construir um hemisfério melhor e mais próspero que possa transformar este ponto de virada em uma oportunidade”, disse o presidente do BID, que sustentou que o banco de desenvolvimento está “convencido” de que “os EUA precisam de mais da região e a região precisa de mais dos EUA”.

Para tanto, frisou Goldfajn, é preciso comprometer-se com o “crescimento sustentável baseado na integração regional” e abordar problemas como “o reforço da segurança e do Estado de direito”.

“É assim que vamos construir investimentos sólidos do setor privado na região”, declarou.

O BID realiza nesta quinta-feira o Fórum de Investimento Responsável da Parceria Américas-BID, para destacar oportunidades de comércio e investimento na região, com foco no setor de infraestrutura, semicondutores, energia limpa e suprimentos médicos.

O evento conta com a presença dos presidentes do Uruguai, Luis Lacalle Pou; da República Dominicana, Luis Abinader; da Costa Rica, Rodrigo Chaves Robles; do Equador, Guillermo Lasso; do Chile, Gabriel Boric; e do Peru, Dina Boluarte, bem como a secretária de Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena.

Também estão presentes autoridades americanas e representantes do setor privado e financeiro dos EUA.

O presidente americano, Joe Biden, receberá amanhã estes líderes e o presidente colombiano, Gustavo Petro, para participarem na Aliança para a Prosperidade Econômica, uma iniciativa dos EUA que busca aprofundar a integração e o crescimento econômico da região.

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