O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou neste domingo ter provas de que a China planeja enviar armas à Rússia para serem utilizadas na guerra da Ucrânia e fez um alerta sobre as consequências de tal atitude para as relações bilaterais.
“Na China, realmente, não há distinção entre empresas privadas e o Estado. Até agora, vimos que dão apoio não letal à Rússia para uso na Ucrânia. Nossa preocupação, agora, se baseia em que estão considerando fornecer apoio letal, segundo a informação que temos”, garantiu o chefe de diplomacia americana.
Blinken deu as declarações à rede de televisão dos EUA “CBS”, ainda enquanto estava em Munique, na Alemanha, participando da Conferência de Segurança.
Por “apoio letal”, precisou o americano, se entende armas e munição, mas, principalmente, armamento.
“Estamos preocupados desde o primeiro dia com essa possibilidade”, disse Blinken, que ainda se referiu a uma conversa entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, semanas antes do início da invasão à Ucrânia, em 24 de fevereiro do ano passado.
“Tiveram uma reunião em que falaram sobre uma parceria sem limites. E nos preocupava que, entre essa falta de limites, estaria o apoio chinês à Rússia na guerra”, explicou o secretário de Estado.
No encontro que teve contem com o diretor do Escritório da Comissão de Relações Exteriores do Partido Comunista da China, Wang Yi, em Munique, Blinken falou, em tom de advertência, justamente, sobre o fornecimento de material de ajuda à Rússia.
“Deixamos muito claro que representaria um sério problema para nós e nossa relação”, relatou Blinken.
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