Os Estados Unidos denunciaram nesta segunda-feira (13) que ainda existem muitos presos políticos na Nicarágua, depois de 222 deles terem sido libertados e deportados na semana passada para território americano.
“Ainda há muitos presos políticos deixados para trás. Continuamos pedindo ao governo da Nicarágua que liberte aqueles que estão detidos apenas por exercerem seus direitos”, disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, em entrevista coletiva.
Na semana passada, a Nicarágua libertou e expulsou 222 presos políticos, muitos deles figuras proeminentes da oposição, que chegaram a Washington em um voo fretado pelo governo dos Estados Unidos.
Dois presos se recusaram a deixar o país, entre eles o bispo Rolando José Álvarez, que foi posteriormente condenado a 26 anos de prisão, teve sua cidadania cassada e foi transferido da prisão domiciliar para um presídio da Nicarágua.
Na coletiva de hoje, o porta-voz da diplomacia americana exigiu do regime de Daniel Ortega “a libertação imediata” do bispo, ao mesmo tempo em que aplaudiu o papa Francisco por expressar seu apoio a Álvarez.
Price destacou ainda que a libertação dos 222 prisioneiros foi “um passo construtivo” de Ortega, mas não a “panaceia” para os problemas da Nicarágua.
Nesse sentido, exigiu que “as liberdades e a democracia sejam restauradas” no país centro-americano.
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