EUA denuncia Maduro por ‘novamente’ privar venezuelanos de eleições livres

'O regime alterou o processo para determinar o resultado dessas eleições muito antes das urnas serem feitas', afirmou Blinken

23/11/2021 20:00 Atualizado: 23/11/2021 20:00

Por Agência EFE

Os Estados Unidos denunciaram na segunda-feira que Nicolás Maduro “novamente” privou os venezuelanos de obterem um processo eleitoral “justo e livre”.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou em um comunicado que durante as eleições locais no domingo “o regime alterou o processo para determinar o resultado dessas eleições muito antes das urnas serem feitas”.

Nesse sentido, o chefe da diplomacia norte-americana citou, entre outros, as detenções arbitrárias e perseguições de agentes políticos e da sociedade civil, a criminalização das atividades dos partidos da oposição, os vetos de candidatos de todo o espectro e a manipulação política e do registo eleitoral.

Ele enfatizou a detenção “arbitrária” de mais de 250 pessoas por motivos políticos, “negando aos venezuelanos o direito de expressar livremente suas opiniões e eleger seus próprios líderes”.

Blinken considerou que essas práticas foram realizadas para acabar com o pluralismo político e “garantir que as eleições não reflitam a vontade do povo venezuelano”.

Por isso, reiterou o apelo dos Estados Unidos ao “regime de Maduro” para que cesse a repressão e permita que os cidadãos vivam em um país “pacífico, estável e democrático”.

“Os EUA apoiam o povo da Venezuela em seu desejo de restaurar pacificamente a democracia por meio de eleições livres e justas, com pleno respeito pela liberdade de expressão e de assembleia pacífica”, declarou o Ministro das Relações Exteriores.

Além disso, lembrou que seu governo apoia as negociações entre os venezuelanos e os esforços do líder da oposição, Juan Guaidó, a quem os Estados Unidos e mais de 50 governos em todo o mundo reconhecem como o “presidente interino” da Venezuela.

“Continuaremos a trabalhar com parceiros venezuelanos e internacionais utilizando todas as ferramentas diplomáticas e econômicas para pressionar pela libertação de todos os detidos injustamente por razões políticas”, afirmou Blinken.

O chavista, Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), venceu nas eleições locais de domingo, obtendo 205 votos dos prefeitos do país dos 322 que já possuem resultados confirmados com 99,2% dos votos, informou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na segunda-feira.

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