O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, classificou nesta sexta-feira como uma “provocação” o envio de armas nucleares táticas da Rússia para Bielorrússia, mas pediu cautela e descartou uma resposta nuclear.
“Continuaremos a monitorar a situação de perto e com cautela. Não temos motivos para reajustar nossa política nuclear. Não há nenhuma indicação de que a Rússia esteja se preparando para usar armas”, disse o diplomata americano em entrevista coletiva.
“O presidente dos EUA, Joe Biden, está comprometido com a defesa de “cada centímetro do território da OTAN”, disse.
Blinken disse que o envio dessas armas foi uma nova “provocação” e uma “decisão irresponsável” do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, que está cedendo soberania ao país vizinho.
Ele disse que é “irônico” que o presidente russo Vladimir Putin esteja instalando armas nucleares táticas em Belarus quando um dos pretextos que ele usou para a invasão da Ucrânia foi justamente impedir que Kiev desenvolvesse uma arma atômica.
O secretário de Estado lembrou que tanto Ucrânia quanto Belarus desistiram voluntariamente de suas armas nucleares quando a União Soviética se desintegrou.
Putin anunciou nesta sexta-feira que as primeiras armas nucleares táticas já chegaram a Belarus em um processo que terminará com sua instalação no país vizinho até o final do ano, no máximo.
O ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, e o ministro da Defesa de Belarus, Viktor Khrenin, assinaram documentos que regulamentam o armazenamento de armas nucleares não estratégicas no território da ex-república soviética em Minsk no final de maio.
Putin reiterou que já disse em várias ocasiões que as armas nucleares só podem ser usadas pela Rússia se houver uma ameaça à integridade territorial, à independência, à soberania e à existência do Estado russo.
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