Os Estados Unidos ordenaram nesta quinta-feira (27) aos membros da família dos funcionários americanos da sua embaixada em Caracas que saiam da Venezuela, e deram autorização para a saída voluntária de qualquer funcionário do governo dos EUA membro da missão diplomática devido à crise política e à violência vigente, uma vez que a situação se agravou dias antes da realização da polêmica eleição da assembleia constituinte, notificou o Departamento de Estado.
Ao distribuir sua tradicional advertência de viagens, o departamento de Estado fez um adendo, aconselhando os cidadãos a não viajarem para o país sul-americano “devido a distúrbios sociais, crimes violentos e à falta generalizada de alimentos e medicamentos”.
“A situação política e de segurança na Venezuela é imprevisível e pode mudar rapidamente”, declara a advertência, acrescentando que desde abril estão acontecendo protestos em várias regiões do país “frequentemente com pouco aviso prévio”.
A ordem de saída de familiares dos funcionários da embaixada americana ocorreu faltando três dias da polêmica eleição para formar uma Assembleia Constituinte convocada pelo governo de Nicolás Maduro.
A oposição diz que Maduro quer mudar a Constituição e com isso perpetuar-se no poder, uma queixa que encontrou apoio na Casa Branca e em diversos países na região.
Na quarta-feira, o departamento do Tesouro aplicou medidas punitivas contra 13 funcionários venezuelanos. O presidente Donald Trump advertiu que sua administração irá adotar “ações fortes e rápidas” contra a Venezuela se o governo de Maduro levar adiante a Constituinte.
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