A Casa Branca avisou nesta segunda-feira ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que ele tem até abril para cumprir com os acordos fechados com a oposição antes que os Estados Unidos decidam sobre sanções ao país.
“Temos opções à nossa disposição. Não vou antecipar nenhuma delas neste momento, mas certamente temos opções com relação a sanções e esse tipo de coisas que podemos fazer. Vocês têm até abril”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, em entrevista coletiva.
A suspensão temporária de várias sanções dos EUA sobre o petróleo e o gás venezuelanos termina em abril, medida tomada por Washington depois que o governo e a oposição venezuelanos chegaram a acordos em Barbados sobre a próxima eleição presidencial de 2024.
Kirby disse que, nos acordos, o governo de Maduro “assumiu alguns compromissos sobre os partidos políticos da oposição, sobre eleições livres e justas e o que tudo isso significava, e não tomou essas medidas”.
Na última sexta-feira, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela manteve a inabilitação por 15 anos da candidata da principal coalizão de oposição para as eleições presidenciais no país, María Corina Machado, o que a impediria de disputar o pleito.
Em outubro, os EUA anunciaram a suspensão temporária de várias sanções contra a Venezuela, inclusive as que afetam o setor de petróleo e gás, depois que o governo de Maduro e a oposição do país concordaram com o monitoramento internacional das próximas eleições.
O governo dos EUA advertiu, no entanto, que a suspensão das sanções ao setor de petróleo e gás permaneceria em vigor por seis meses e que poderia reconsiderar a decisão.
Entre as condições que Washington estabeleceu na época para não reativar as sanções estava a libertação de vários prisioneiros americanos na Venezuela, o que aconteceu no mês passado, mas também a habilitação de Machado para participar do processo eleitoral.