Por EFE
Washington, 15 jul – O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou nesta quarta-feira que restringirá a concessão de vistos a funcionários da Huawei e de outras empresas da China que forneçam “apoio material” a governos que cometem violações aos direitos humanos.
“O Departamento de Estado imporá restrições de visto a alguns funcionários de empresas de tecnologia chinesas, como a Huawei, por darem apoio material a regimes que cometem violações aos direitos humanos em todo o mundo”, afirmou Pompeo em entrevista coletiva.
O chefe da diplomacia americana não detalhou quantas empresas serão submetidas à nova restrição nem quantos funcionários podem ser afetados.
Pompeo também anunciou que na próxima segunda-feira viajará a Reino Unido e Dinamarca, dois dos países que vetaram operadoras de telecomunicações de adquirir tecnologia 5G da Huawei.
“Na segunda-feira, sairei para uma viagem rápida a Reino Unido e Dinamarca, e tenho certeza que o Partido Comunista da China e sua ameaça para os povos livres do mundo será uma questão prioritária”, explicou.
Além disso, Pompeo elogiou o Reino Unido por se tornar um país “limpo” da ingerência da Huawei. O governo britânico decidiu que, a partir de 2021, proibirá as operadoras de adquirir tecnologia 5G da Huawei, após constantes pressões dos EUA.
Em entrevista coletiva, o secretário de Estado parabenizou várias empresas que em dezembro anunciaram a intenção de reduzir “progressivamente” a presença da Huawei no núcleo de suas redes 5G.
Em maio de 2019, os EUA proibiram a Huawei de vender equipamentos de telecomunicações a empresas americanas por suspeitas de que a companhia chinesa poderia aproveitar esses sistemas para fazer espionagem. Esta proibição impediu que gigantes da tecnologia dos EUA, como o Google, fizessem negócios com a marca chinesa.
A Huawei é muito popular na Europa e atualmente lidera a batalha pelo controle das redes 5G, que permitem navegar na internet com muito mais velocidade e pode facilitar o desenvolvimento de veículos autônomos e técnicas para realizar cirurgias remotamente.
Por outro lado, os EUA lideram uma campanha global para impedir que a Huawei desenvolva a tecnologia 5G e pressiona muitos países da União Europeia para que vetem as atividades da empresa chinesa.