Os Estados Unidos ameaçaram, nesta terça-feira (20), impor consequências aos talibãs após a decisão do regime islâmico de barrar as mulheres nas universidades no Afeganistão.
“Os Estados Unidos condenam nos termos mais fortes a indefensável decisão do talibã de proibir as mulheres nas universidades”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em entrevista coletiva.
Price considerou “inaceitável” o veto e advertiu que haverá “consequências significativas para os talibãs que os alienará ainda mais da comunidade internacional”.
O porta-voz comentou que os EUA e os seus aliados têm “uma série de ferramentas” para “responsabilizar os talibãs”, embora tenha evitado “entrar em mais detalhes” por agora.
As mulheres não serão autorizadas a frequentar universidades no Afeganistão, de acordo com uma ordem emitida pelo governo talibã nesta terça-feira, um novo movimento de opressão do regime fundamentalista que já proibia o ensino secundário para meninas há um ano.
Apesar da promessa de mudança, os talibãs repetiram o comportamento do seu regime anterior, entre 1996 e 2001, quando, com base em uma interpretação rígida do islã e no seu rigoroso código social conhecido como Pashtunwali, proibiram a frequência feminina nas escolas e confinaram as mulheres ao lar.
A ONU classificou a decisão dos talibãs como “muito perturbadora” e como “outra promessa quebrada” pelas autoridades do Afeganistão.
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