O governo dos Estados Unidos enviou uma carta a Israel advertindo que, se a situação humanitária na Faixa de Gaza não melhorar no próximo mês, o país corre o risco de violar as leis americanas que regem a assistência militar estrangeira.
A carta, escrita em conjunto pelo secretário de Estado, Antony Blinken, e pelo secretário de Defesa, Lloyd Austin, e endereçada ao ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e ao ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, foi divulgada nesta terça-feira (15) pela rede CNN e por outros veículos de comunicação.
Na carta, os EUA expressaram profunda preocupação com o fato de que a quantidade de ajuda enviada à Faixa de Gaza caiu mais de 50% e que a quantidade entregue em setembro “foi a menor de todos os meses do ano passado”.
Portanto, exigiu uma “ação urgente e sustentada” para reverter a situação e alertou que os Departamentos de Estado e de Defesa dos EUA, de acordo com a lei americana, “devem avaliar continuamente” a conformidade de Israel com as garantias dadas no início deste ano de que não restringiria a ajuda.
De acordo com os EUA, Israel deve permitir que pelo menos 350 caminhões por dia entrem em Gaza pelas quatro principais passagens, abrir uma quinta passagem e implementar pausas humanitárias no próximo mês, conforme necessário.
Israel também deve tomar medidas para garantir que os corredores das Forças Armadas da Jordânia operem “em capacidade total e contínua”.
Blinken e Austin disseram estar preocupados com as recentes ações do governo israelense, incluindo a suspensão das importações comerciais e a negação ou impedimento de quase 90% do movimento humanitário entre o norte e o sul de Gaza em setembro.