O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, advertiu neste domingo que os Estados Unidos pretendem continuar com os ataques contra os grupos apoiados pelo Irã, após dois dias consecutivos de bombardeios contra alvos na Síria, no Iraque e no Iêmen.
“Tudo começou com os bombardeios da noite de sexta-feira, mas não é o fim. Pretendemos realizar ataques e ações adicionais para continuar a enviar uma mensagem clara de que os Estados Unidos responderão quando as nossas forças forem atacadas ou pessoas forem mortas”, disse Sullivan ema entrevista à “NBC News”.
As forças armadas americanas iniciaram na tarde de sexta-feira uma primeira rodada de ataques aéreos contra grupos apoiados pelo Irã na Síria e no Iraque. De acordo com o Comando Central dos EUA (Centcom), mais de 85 alvos foram atingidos nos ataques contra a Força Quds do Corpo da Guarda Revolucionária do Irã.
Embora os EUA ainda estejam avaliando os resultados destes ataques, Sullivan disse que, de acordo com o governo iraquiano e a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos, a ofensiva deixou 45 mortos em ambos os países, alguns deles civis.
No sábado, EUA e Reino Unido lançaram uma nova onda de ataques no Iêmen com caças e navios contra 13 locais associados às instalações de armazenamento de armas, sistemas de mísseis, sistemas de defesa aérea e radares dos houthis, apoiados pelo Irã.
Esta foi a resposta ao ataque do grupo de milícias pró-iraniana Resistência Islâmica no Iraque a uma base na Jordânia, na semana passada, que matou três soldados americanos e feriu cerca de 40 outros. Um grupo que, desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro do ano passado, já tinha levado a cabo dezenas de ataques.
Após a resposta americana de dois dias, disse Sullivan, o Exército dos EUA está avaliando o número de baixas da milícia.
“Acreditamos que os ataques tiveram bons efeitos e uma capacidade de degradação para estes grupos que nos atacaram”, afirmou.
Em entrevista separada à “CNN”, Sullivan negou que os EUA busquem um conflito em grande escala no Oriente Médio e afirmou que existem “desafios distintos, mas relacionados” na região.
Segundo ele, o que está acontecendo no mar Vermelho “é, em certa medida, desencadeado pelo que está acontecendo em Gaza, mas não é a mesma coisa”.
“Os houthis não estão apenas atacando navios relacionados com Israel, estão atacando muitos navios diferentes de muitos países diferentes” e é por isso que os EUA estão “tentando resolver o desafio da liberdade de navegação no mar Vermelho”, argumentou.