EUA adverte Maduro sobre mais ações contra a Venezuela se ele não publicar as atas

Por Agência de Notícias
14/09/2024 00:21 Atualizado: 14/09/2024 00:21

A Casa Branca advertiu nesta sexta-feira (13) o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que se não “fizer a coisa certa” e publicar as atas dos resultados das eleições de 28 de julho, os Estados Unidos realizarão mais ações contra Caracas.

“Nós emitimos sanções. Não vamos descartar nada no futuro”, disse o porta-voz da Segurança Interna da Casa Branca, John Kirby, em entrevista coletiva.

Kirby acrescentou que Maduro “tem opções e decisões que só ele pode tomar” e “a primeira decisão que deve tomar é publicar todos os dados e resultados eleitorais para que todos possam ver como essas eleições se desenvolveram e como e em que medida cumpriram verdadeiramente a vontade do povo venezuelano”.

Os EUA sancionaram ontem 16 responsáveis venezuelanos, incluindo membros do Supremo Tribunal de Justiça, do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e da Assembleia Nacional, por proclamarem falsamente a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho.

Entre os sancionados estão a presidente do Tribunal Supremo, Caryslia Rodríguez; a presidente da Comissão de Registo Civil e Eleitoral do CNE, Rosalba Gil Pacheco, e o vice-presidente da Assembleia Nacional, Pedro Infante Aparicio.

Ao mesmo tempo, o Departamento de Estado proibiu a entrada no país de “funcionários alinhados com Maduro que minaram o processo eleitoral na Venezuela e que são responsáveis por atos de repressão”, embora não tenha revelado o número nem as suas identidades.

“Francamente, a decisão mais importante neste momento para ele é se vai fazer a coisa certa para o povo venezuelano. Ele tem que tomar essa decisão. E se não o fizer, teremos que tomar algumas decisões adicionais por nossa conta”, acrescentou Kirby.

Em resposta a estas sanções, em comunicado o governo venezuelano rejeitou, “nos termos mais veementes”, o “novo crime de agressão cometido pelo governo dos Estados Unidos da América contra a Venezuela, ao impor medidas coercitivas unilaterais, ilegítimas e ilegais a um grupo de funcionários do Estado”.