Os EUA acusam Rússia de aplicar “castigo coletivo” com bloqueio de grãos

Por Agência de Notícias
31/10/2022 17:41 Atualizado: 31/10/2022 17:43

Os Estados Unidos acusaram a Rússia nesta segunda-feira de aplicar um “castigo coletivo” aos países em desenvolvimento com sua decisão de suspender o acordo de exportação de grãos ucranianos e denunciaram que Moscou “não tem justificativa” para abandoná-lo.

“A suspensão por parte de Moscou é um castigo coletivo para o resto do mundo, mas especialmente para os países de baixa e média renda que tanto o necessitam”, disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, em entrevista coletiva.

Price garantiu que dois terços dos grãos exportados da Ucrânia graças ao acordo alcançado em agosto para desbloquear a saída para o Mar Negro foram para países em desenvolvimento.

Da mesma forma, Price definiu a Ucrânia como “o celeiro do mundo” e afirmou que o acordo permitiu conter até agora os aumentos de preços e mitigar a crise alimentar causada pela invasão russa.

“Os preços caíram graças à iniciativa, mas esse progresso está por um fio. Se a Rússia não retomar seu envolvimento, não impactará apenas a Ucrânia, mas será um duro golpe para o resto do mundo”, destacou.

Moscou suspendeu o acordo que havia selado com a Ucrânia, a ONU e a Turquia para facilitar a exportação de grãos ucranianos depois de denunciar ataques de drones contra sua frota no Mar Negro.

Esses argumentos foram questionados hoje pelo chefe humanitário da ONU, Martin Griffiths, durante um discurso no qual, entre outras coisas, disse que não havia navios de carga no corredor na noite de 29 de outubro, quando os ataques teriam ocorrido.

A esse respeito, o Departamento de Estado americano declarou que a Rússia “não tem justificativa para tomar essa decisão” e insistiu na teoria de Washington de que o presidente russo, Vladimir Putin, está “frustrado” pelo fraco desempenho de sua campanha militar.

 

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