EUA acusa integrante do Hezbollah por atentado de 1994 em Buenos Aires

Por Agência de Notícias
21/12/2023 11:49 Atualizado: 21/12/2023 11:49

O Departamento de Justiça dos EUA acusou nesta quarta-feira Samuel Salman El Reda, um cidadão colombiano-libanês e integrante do grupo terrorista xiita Hezbollah, de envolvimento no planejamento do atentado a bomba de 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em Buenos Aires, que deixou 85 mortos e centenas de feridos.

“Conforme alegado, durante décadas, Samuel Salman El Reda liderou operações terroristas em nome da Organização Jihad Islâmica do Hezbollah, incluindo um atentado a bomba em 1994 em Buenos Aires que massacrou 85 vítimas inocentes”, afirmou o procurador do Distrito Sul de Nova Iorque, Damian Williams, em comunicado.

El Reda, 58 anos, está foragido e vive no Líbano, de acordo com as autoridades norte-americanas.

“Essa acusação serve como uma mensagem para aqueles que se envolvem em atos de terror: que a memória do Departamento de Justiça é longa, e não cessaremos nossos esforços para levá-los à justiça”, disse o procurador-geral adjunto Matthew Olsen, da Divisão de Segurança Nacional.

Retrato do colombiano Samuel Salman El Reda. Imagem de arquivo. (EFE/CORTESÍA)

Em junho, a Justiça argentina emitiu um mandado de prisão internacional para o suspeito e seu irmão, José El Reda, que também são acusados de planejar um ataque à embaixada israelense em Buenos Aires que deixou 22 pessoas mortas em 1992.

De acordo com a acusação dos EUA, Samuel Salman El Reda liderou operações terroristas na América do Sul, Ásia e Líbano.

No caso do ataque à AMIA, o terrorista “forneceu informações a agentes da Organização Jihad Islâmica que foram usadas para planejar e executar o ataque”, de acordo com a acusação.

Ele então continuou a recrutar e treinar combatentes em todo o mundo, acrescentou o escritório.

El Reda enfrenta quatro acusações, incluindo o fornecimento de apoio material a uma organização terrorista, com uma sentença máxima de 20 anos de prisão.

O caso está sendo investigado pela força-tarefa de contraterrorismo do FBI em Nova Iorque, que inclui agentes da polícia de Nova Iorque.