Os Estados Unidos acusaram nesta quarta-feira a Coreia do Norte de enviar um número “significativo” de projéteis para a Rússia para serem usados na guerra na Ucrânia, mas ainda não tem certeza de que elas tenham sido recebidas pelas Forças Armadas russas.
O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que os Estados Unidos têm informações sobre as remessas e de que a Coreia do Norte está desviando os envios para países do Oriente Médio e do Norte da África, para esconder o fato de que elas se destinam a ajudar a Rússia na guerra na Ucrânia.
Kirby garantiu que os EUA estão monitorando de perto essas entregas de armas para ver se acabam sob controle russo.
O porta-voz não quis detalhar quantos projéteis a Coreia do Norte supostamente estaria fornecendo à Rússia, dizendo apenas que se trata de um número “significativo”.
Kirby afirmou que essa é uma “má notícia”, mas “não vai mudar o curso da guerra”, porque os ucranianos ainda têm a “habilidade e as capacidades” de se defender contra a Rússia.
A Ucrânia tem recebido uma grande quantidade de armamento do Ocidente desde que a invasão russa começou, em 24 de fevereiro.
De acordo com Kirby, o fato de Moscou estar se voltando para países como a Coreia do Norte e Irã em busca de armamentos, mostra o mau estado das reservas militares da Rússia após oito meses de guerra na Ucrânia.
Em outubro, os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e a OTAN acusaram formalmente o Irã de fornecer drones à Rússia para a guerra, algo que Teerã e Moscou negam.
Além disso, Washington alegou no mesmo mês que militares iranianos haviam viajado para a península da Crimeia para ensinar tropas russas a usar os drones.
“Não queremos que nenhuma nação ajude a Rússia nesta guerra, de nenhuma forma”, declarou Kirby.
O porta-voz não deu detalhes sobre como a Coreia do Norte está enviando as armas – se estão sendo transportadas por ar, mar ou terra – e se recusou a explicar se os EUA ou outros países tentarão interceptar as remessas.
Ele disse, entretanto, que os EUA estão considerando uma “ampla gama” de medidas para responsabilizar o Irã e a Coreia do Norte pela ajuda à Rússia e sugeriu que essas ações poderiam ser tomadas no âmbito das Nações Unidas.
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