Por Agência EFE
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou formalmente nesta segunda-feira seis agentes de inteligência russos por diversos ciberataques globais, inclusive durante as eleições presidenciais da França, em 2017, e os Jogos Olímpicos de Inverno na Coreia do Sul, em 2018.
“Nenhum país usou suas capacidades de tecnologia da informação de forma tão maliciosa ou irresponsável como a Rússia, causando deliberadamente danos sem precedentes para alcançar pequenas vantagens táticas e satisfazer ataques de rancor”, disse John C. Demers, procurador-geral adjunto de Segurança Nacional, em coletiva de imprensa.
Além de França e Coreia do Sul, o documento judicial também cita ataques ao sistema elétrico da Ucrânia e o vírus NotPeya, que infectou computadores no mundo inteiro em 2017, incluindo os de vários hospitais e centros farmacêuticos no estado da Pennsylvania.
Os responsáveis pelos ataques cibernéticos, de acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, são seis cidadãos e residentes da Rússia e agentes da Direção Principal de Inteligência russa, e suas atividades se estenderam de novembro de 2015 a novembro de 2019.
Esta unidade é a mesma que Washington considera responsável por interferir nas eleições de 2016 nos EUA, roubando dados do Partido Democrata. Um dos acusados na época, Anatoliy Sergeyevich Kovalev, está novamente entre os responsáveis por esta campanha de ataque cibernético.
É por isso que o diretor adjunto do FBI, David Bowdich, observou que Moscou “é um rival informático altamente capaz, e as informações reveladas mostram como suas ações cibernéticas são realmente generalizadas e destrutivas”.
As acusações apresentadas no tribunal federal de Pittsburgh são de conspiração, pirataria informática, fraude, roubo de identidades e registro falso de um nome de domínio.
O anúncio ocorre apenas duas semanas antes das eleições gerais americanas, nas quais o atual presidente, o republicano Donald Trump, busca um segundo mandato contra o rival democrata, o ex-vice-presidente Joe Biden.
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