Uma estátua do histórico líder militar venezuelano, Simón Bolívar, foi inaugurada nesta quarta-feira em um bairro popular de Moscou, em uma cerimônia solene que contou com a presença de autoridades dos dois países e membros da comunidade venezuelana na Rússia.
Simón, também conhecido como o “Libertador” nasceu em 24 de julho de 1783 na Venezuela e morreu em 1830 na Colômbia. Foi um membro importante nas guerras de independência da América Espanhola e liderou a primeira união de nações independentes na América Latina, nomeada Grã-Colômbia. Reconhecido e citado por Karl Marx, os partidos ideologicamente comunistas da Venezuela buscam atualizar o pensamento de Simon Bolívar – embora reconhecido historicamente como um libertador sem vínculo com a esquerda – e associá-lo ao marxismo-leninismo.
“É uma réplica da que temos no centro histórico de Caracas, a 9.933 quilômetros daqui”, disse na cerimônia a prefeita da capital venezuelana, Carmen Meléndez.
A prefeita lembrou ainda que foi o falecido ditador Hugo Chávez quem lançou a pedra fundamental do monumento durante uma visita a Moscou em outubro de 2010.
“Este é realmente um espaço digno da grandeza do nosso Libertador”, comentou, acrescentando que hoje se pode dizer que o coração de Bolívar “também bate em Moscou”.
“Somos duas nações que no concerto dos países estão unidas na luta para defender a nossa soberania, apesar de serem vítimas de sanções penais e medidas coercitivas unilaterais”, disse Meléndez.
Por sua vez, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse durante a cerimônia de inauguração do monumento que na Rússia “Simón Bolívar é visto como um homem que sempre lutou pela independência, um estadista notável e um militar destacado”.
“Toda a história das relações entre a Rússia e a Venezuela mostra que elas não estão sujeitas aos efeitos da conjuntura política atual e se baseiam na amizade e na simpatia entre os dois povos”, considerou.
*Danielle Dutra contribui para esta notícia.
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