O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que se manteve discreto nos últimos dias, sem aparições públicas, disse nesta quarta-feira (07) que Israel está preparado “tanto para a defesa quanto para o ataque” diante da ameaça de uma ofensiva multifacetada orquestrada pelo Irã.
“Estamos caminhando para a vitória. Estamos preparados tanto para a defesa quanto para o ataque, atacamos nossos inimigos e também estamos determinados a nos defender”, disse o premiê em uma visita à base de Tel Hashomer, perto de Tel Aviv, com recrutas do Corpo de Blindados e do Corpo de Engenharia de Combate do Exército israelense.
Israel está em alerta máximo desde o fim de semana passado, depois que o Irã ameaçou com uma “retaliação severa” após o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, nesta quarta-feira, uma advertência à qual se juntou o grupo terrorista Hezbollah, porque Israel também eliminou seu principal comandante militar, Fuad Shukr, horas antes.
“Sei que os cidadãos de Israel estão alertas e peço-lhes uma coisa: permaneçam pacientes e calmos. Estamos preparados para a defesa e o ataque”, insistiu o primeiro-ministro, já que alguns veículos de comunicação hebraicos sugerem que Israel está considerando um “ataque preventivo” para deter o Irã, enquanto a comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos, está tentando evitar uma escalada regional por meio de canais diplomáticos.
Até o momento, Israel não alterou suas instruções à população sobre um ataque desse tipo, que ontem foi considerado iminente, mas não ocorreu; embora no norte tenha recomendado ficar perto de abrigos e evitar multidões e viagens desnecessárias, dada a possibilidade de intensificação do fogo com o Hezbollah.
Os terroristas libaneses lançaram na terça-feira vários ataques explosivos com drones em direção a Nahariya, que deixaram 19 feridos, um deles em estado grave, incluindo seis soldados, e cerca de 40 foguetes em toda a área da Galileia. Israel realizou vários bombardeios no sul do Líbano contra alvos do Hezbollah, matando seis de seus combatentes.
Para os novos recrutas que se juntaram ao Corpo de Blindados nesta terça-feira, o premiê enfatizou que ambas as unidades foram fundamental para Israel na Guerra dos Seis Dias, e apontou seu papel fundamental no conflito dentro da Faixa de Gaza, agora em seu décimo mês, enquanto para os soldados e reservistas ele insistiu que eles são “a espinha dorsal da nação”.
“Vocês estão mudando a cara da campanha”, declarou Netanyahu.
Além da ofensiva militar na Faixa de Gaza, que continua a se intensificar na Cidade de Gaza, em Rafah e no centro do enclave, Israel trabalha para criar uma coalizão internacional liderada pelos EUA para ajudar a protegê-lo de um ataque aéreo iraniano.