“Não queremos a guerra, mas estamos nos preparando para todas as possibilidades”, afirmou nesta quarta-feira (31) o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, o primeiro funcionário de alto escalão do governo a se manifestar após a morte do líder do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, em um ataque em Teerã, a capital do Irã.
Haniyeh visitava o país para a cerimônia de posse do novo presidente iraniano, atendida também por outros dignatários estrangeiros, incluindo o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin.
O assassinato do líder do Hamas, atribuído pelo grupo Israel, ocorre logo após um bombardeio israelense em Beirute, capital do Líbano. O ataque matou o comandante-chefe do grupo terrorista Hezbollah, Fuad Shukr. Há apreensão de autoridades quanto à possibilidade de retaliação tanto do Irã como de grupos terroristas islâmicos contra Israel.
O Hamas através de suas Brigadas Al Qassam, afirmou em um comunicado que a morte de Haniyeh constituiu “um ato perigoso que leva a batalha a um novo nível e terá consequências importantes em toda a região”.
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, disse que Israel “preparou o terreno para punições severas” e disse ser um dever nacional “vingar o assassinato no território da República Islâmica do Irã”.
O ministro da Defesa israelense visitou hoje uma bateria do sistema de defesa antimíssil de longo alcance Arrow, conforme as tensões escalam no Oriente Médio
Até o momento, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não comentou o assunto, embora se espere que o gabinete de segurança de Israel se reúna esta tarde em Tel Aviv.
As autoridades israelenses não aumentaram o nível de alerta militar, apesar dos apelos de diferentes grupos para que se responda com força aos ataques das últimas horas.
Com informações de Agência EFE