O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (8) novas restrições contra Cuba, endurecendo ainda mais as sanções à ilha caribenha com o objetivo de evitar que o comércio e o turismo norte-americanos beneficiem as forças armadas cubanas.
As mudanças, que entram em vigor hoje, expandem a lista de funcionários do regime cubano que estão excluídos de fazer transações com os americanos, ao mesmo tempo em que estabelecem uma política para evitar exportações a entidades cubanas sancionadas, declarou o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos em um comunicado.
“Nós fortalecemos nossas políticas sobre Cuba para distanciar as atividades econômicas das forças militares cubanas e exortar o regime ditatorial a avançar para uma maior liberdade política e econômica para o povo cubano”, disse o secretário do Tesouro Steven Mnuchin.
As empresas norte-americanas e os viajantes estão proibidos de fazer negócios com 180 empresas ligadas aos militares cubanos, incluindo hotéis e lojas da empresa Habaguanex — a principal na área turística da Havana Velha —, além de hotéis e marinas de Gaviota, ambos pertencentes ao conglomerado militar Grupo de Administração Empresarial.
Os cidadãos norte-americanos que participam de viagens educacionais autorizadas, a partir de agora, deverão fazê-lo sob os auspícios de uma organização que seja uma pessoa sujeita à jurisdição dos Estados Unidos.
O Departamento do Tesouro indicou que “de acordo com o interesse do governo em evitar consequências negativas para os americanos que organizam viagens legais a Cuba, algumas viagens ‘povo a povo’ (people-to-people) previamente autorizadas continuarão autorizadas quando o viajante tiver completado pelo menos uma transação relacionada à viagem (como uma compra de passagem ou uma reserva de hotel) antes do anúncio feito pelo presidente em 16 de junho de 2017.”
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