ESPN demite 150 funcionários em sua última rodada de cortes

29/11/2017 21:59 Atualizado: 29/11/2017 22:00

John Skipper, o presidente da ESPN, anunciou na manhã de quarta-feira, 29 de novembro, que a rede demitirá cerca de 150 funcionários.

Num memorando publicado pela emissora, Skipper escreveu aos funcionários que ele aprecia suas contribuições neste “momento difícil”.

A Fox News apontou que a última rodada de demissões de quarta-feira eleva para 250 o número total de funcionários demitidos em 2017.

Os últimos cortes representam cerca de 2% da força de trabalho total da ESPN, de acordo com a CNN.

O presidente da ESPN Inc., John Skipper, durante um evento na Hearst Tower em Nova York, em 2 de junho de 2015 (Anna Webber/Getty Images para Hearst Corporation)
O presidente da ESPN Inc., John Skipper, durante um evento na Hearst Tower em Nova York, em 2 de junho de 2015 (Anna Webber/Getty Images para Hearst Corporation)

A declaração completa de Skipper pode ser vista abaixo:

“Hoje estamos informando aproximadamente 150 pessoas na ESPN que seus empregos estão sendo eliminados.”

“Agradecemos suas contribuições e as ajudaremos tanto quanto possível neste momento difícil com indenizações, um bônus de 2017, a continuação dos benefícios de saúde e dos serviços de relocação. Eles também apreciarão o seu apoio.”

“A maioria dos empregos eliminados está na produção de estúdio, conteúdo digital e tecnologia, e eles geralmente refletem decisões para fazer menos em certos casos e redirecionar recursos.”

“Continuaremos a investir em formas que melhor nos posicionem para servir os fãs modernos de esportes e apoiar o sucesso de nossos negócios.”

Uma fonte anônima informada sobre a situação disse à Fox News que as demissões recentes foram feitas para “consolidar os recursos” na empresa de esportes.

Em abril, a ESPN dispensou vários de seus veteranos, impactando 100 personalidades e escritores da rede, informou a CNN.

Entre esses cortes estavam o ex-jogador da NFL e analista de esporte Trent Dilfer, o proeminente repórter da NFL Ed Werder, o escritor sênior de beisebol Jayson Stark e o âncora Jay Crawford. Todos compartilharam a notícia de sua rescisão no Twitter.

De acordo com o Washington Post, esta é a terceira rodada de cortes de emprego na rede nos últimos dois anos.

No entanto, a fonte anônima enfatizou que, embora 250 funcionários tenham sido demitidos este ano, a empresa ainda está contratando em alguns departamentos. “Há várias iniciativas de crescimento acontecendo [na ESPN]”, disse a fonte à Fox News.

Vários jogadores do time Seahawks de Seattle permanecem sentados no banco ou se ajoelham durante o hino nacional dos EUA antes do início de um jogo da NFL contra os 49ers de São Francisco no Estádio Levi's, em Santa Clara, Califórnia, em 26 de novembro de 2017 (Thearon W. Henderson/Getty Images)
Vários jogadores do time Seahawks de Seattle permanecem sentados no banco ou se ajoelham durante o hino nacional dos EUA antes do início de um jogo da NFL contra os 49ers de São Francisco no Estádio Levi’s, em Santa Clara, Califórnia, em 26 de novembro de 2017 (Thearon W. Henderson/Getty Images)

Não está claro em que medida as demissões estão relacionadas aos protestos do hino nacional na NFL, quando vários jogadores se ajoelharam, sentaram-se no banco ou até levantaram o punho durante o entoar de “A Bandeira Estrelada”, o hino nacional dos Estados Unidos. Como resultado, muitos fãs começaram a boicotar a liga e a parar de assistir à rede.

Colin Kaepernick, um ex-jogador do time San Francisco 49ers, iniciou a controvérsia no ano passado, primeiro permanecendo sentado no banco e depois ajoelhando durante o hino nacional. Ele disse à NFL.com no ano passado que “não se levantará para mostrar orgulho à bandeira num país que oprime as pessoas negras e de cor”.

Muitos críticos comentaram que protestar durante o hino é mal direcionado e desrespeitoso ao próprio país, especialmente aos militares que morreram para defendê-lo e à bandeira. Alguns também disseram que os jogos da NFL não são o local ou o momento de protestar, já que o futebol americano, em geral, até recentemente, era um lugar aonde o público ia para deixar de lado seus pontos de vista políticos.

Republicado da NTD.tv