John Skipper, o presidente da ESPN, anunciou na manhã de quarta-feira, 29 de novembro, que a rede demitirá cerca de 150 funcionários.
Num memorando publicado pela emissora, Skipper escreveu aos funcionários que ele aprecia suas contribuições neste “momento difícil”.
A Fox News apontou que a última rodada de demissões de quarta-feira eleva para 250 o número total de funcionários demitidos em 2017.
Os últimos cortes representam cerca de 2% da força de trabalho total da ESPN, de acordo com a CNN.
A declaração completa de Skipper pode ser vista abaixo:
“Hoje estamos informando aproximadamente 150 pessoas na ESPN que seus empregos estão sendo eliminados.”
“Agradecemos suas contribuições e as ajudaremos tanto quanto possível neste momento difícil com indenizações, um bônus de 2017, a continuação dos benefícios de saúde e dos serviços de relocação. Eles também apreciarão o seu apoio.”
“A maioria dos empregos eliminados está na produção de estúdio, conteúdo digital e tecnologia, e eles geralmente refletem decisões para fazer menos em certos casos e redirecionar recursos.”
“Continuaremos a investir em formas que melhor nos posicionem para servir os fãs modernos de esportes e apoiar o sucesso de nossos negócios.”
Uma fonte anônima informada sobre a situação disse à Fox News que as demissões recentes foram feitas para “consolidar os recursos” na empresa de esportes.
Em abril, a ESPN dispensou vários de seus veteranos, impactando 100 personalidades e escritores da rede, informou a CNN.
Entre esses cortes estavam o ex-jogador da NFL e analista de esporte Trent Dilfer, o proeminente repórter da NFL Ed Werder, o escritor sênior de beisebol Jayson Stark e o âncora Jay Crawford. Todos compartilharam a notícia de sua rescisão no Twitter.
De acordo com o Washington Post, esta é a terceira rodada de cortes de emprego na rede nos últimos dois anos.
No entanto, a fonte anônima enfatizou que, embora 250 funcionários tenham sido demitidos este ano, a empresa ainda está contratando em alguns departamentos. “Há várias iniciativas de crescimento acontecendo [na ESPN]”, disse a fonte à Fox News.
Não está claro em que medida as demissões estão relacionadas aos protestos do hino nacional na NFL, quando vários jogadores se ajoelharam, sentaram-se no banco ou até levantaram o punho durante o entoar de “A Bandeira Estrelada”, o hino nacional dos Estados Unidos. Como resultado, muitos fãs começaram a boicotar a liga e a parar de assistir à rede.
Colin Kaepernick, um ex-jogador do time San Francisco 49ers, iniciou a controvérsia no ano passado, primeiro permanecendo sentado no banco e depois ajoelhando durante o hino nacional. Ele disse à NFL.com no ano passado que “não se levantará para mostrar orgulho à bandeira num país que oprime as pessoas negras e de cor”.
Muitos críticos comentaram que protestar durante o hino é mal direcionado e desrespeitoso ao próprio país, especialmente aos militares que morreram para defendê-lo e à bandeira. Alguns também disseram que os jogos da NFL não são o local ou o momento de protestar, já que o futebol americano, em geral, até recentemente, era um lugar aonde o público ia para deixar de lado seus pontos de vista políticos.
Republicado da NTD.tv