Por Agência EFE
A presidente da Assembleia Geral da ONU, a equatoriana María Fernanda Espinosa, defendeu nesta terça-feira (330) em Moscou o fortalecimento do multilateralismo e do papel das Nações Unidas para enfrentar os desafios do século XXI.
“Não há contradição alguma entre a soberania nacional e o multilateralismo”, disse Espinosa, ex-ministra das Relações Exteriores do Equador, em um discurso no Clube de Debate Valday, um centro de analistas fundado em 2010.
A diplomata acrescentou que “o multilateralismo caminha ao lado da soberania ao oferecer aos Estados uma forma de abordar os desafios e de seguir interesses de maneira coletiva compartilhando os custos”.
Espinosa destacou que a ONU se encontra imersa em um “profundo processo de reformas”, o qual classificou como “reinvenção” que abrange todas as suas estruturas, inclusive o Conselho de Segurança.
Sobre a reforma deste órgão das Nações Unidas, e em particular sobre a capacidade de veto dos seus cinco membros permanentes, a ex-chanceler do Equador se absteve de opinar e se limitou a dizer que se trata de um “processo longo e de grande complexidade”.
Segundo a presidente da Assembleia Geral, o ano que vem, quando a ONU completará 75 anos de fundação, é uma “oportunidade de ouro” para impulsionar o multilateralismo e aumentar a influência da Assembleia Geral, à qual chamou de “parlamento da humanidade”.
Espinosa, que deixará o cargo em setembro, ressaltou a necessidade de potencializar a presidência da Assembleia Geral para melhorar a eficácia de sua incumbência, assim como reforçar a coordenação entre todas as instituições da ONU.
A diplomata se reuniu na segunda-feira passada com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e outras autoridades do país.